Televisão
Descrição de chapéu Televisão

Globo aprova projeto de remake de 'Vale Tudo' e Manuela Dias já trabalha na produção

Nome em ascensão na emissora e autora de 'Justiça' e 'Amor de Mãe', ela vai escrever nova versão da novela que marcou época nos anos 1980

Odete Roitman (Beatriz Segall) em "Vale Tudo": remake é aprovado e vai sair do papel na Globo - Globo

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Aracaju

Agora é certo: A Globo vai produzir uma nova versão de "Vale Tudo", novela produzida em 1988 e considerada um dos maiores clássicos da televisão brasileira. Antes um projeto em desenvolvimento, a ideia já foi aprovada pelo comando dos Estúdios Globo, liderado por Amauri Soares.

Manuela Dias, autora de "Justiça" e "Amor de Mãe" (2019-2020), vai cuidar da atualização.

Se o andamento seguir o planejado, a estreia acontecerá no primeiro semestre de 2025, no horário das nove da emissora —mesma faixa que "Vale Tudo" se consagrou. Manuela já trabalha nos primeiros argumentos pedidos pela empresa e faz pesquisas em relação ao original.

A trama foi escrita por Gilberto Braga (1945-2021), Aguinaldo Silva e Leonor Bassères (1926-2004). A Globo optou por Manuela por entender que ela pode não só manter o teor crítico de Braga no roteiro e o estilo frenético do autor, mas também atualizá-lo aos novos tempos com competência. Colaboradores de texto e direção ainda não foram escolhidos.

A definição destes nomes ficará a cargo de José Luiz Villamarim, diretor de dramaturgia diária da emissora. Já se sabe, porém, que será uma versão mais enxuta, com menos que os 204 capítulos da versão original.

O remake de "Vale Tudo" também tem uma questão mercadológica. A versão original de 1988 tem qualidade considerada abaixo do padrão adotado pela Globo. Suas imagens são consideradas escuras, o que impossibilitou reprises em TV aberta e afastou interessados do mercado de televisão estrangeiro a comprarem a produção.

Com a nova versão, a TV aproveita o apelo da história no horário nobre e tem um produto considerado interessante para ser negociado para seus parceiros. Não existe qualquer discussão ainda sobre possíveis atores para interpretar papéis, como a icônica vilã Odete Roitmann, imortalizada por Beatriz Segall (1926-2018).

"Vale Tudo" contava a história de Raquel, interpretada por Regina Duarte, que é abandonada pelo marido e se vê obrigada a criar sozinha sua filha, a ambiciosa Maria de Fátima, vivida por Glória Pires. Seu final teve teor de suspense graças a pergunta que fez o Brasil parar: quem teria matado Odete Roitmann? A revelação veio no último capítulo.

Além da exibição original, "Vale Tudo" teve três reprises: uma na Globo em 1992 (quando os padrões de exigência de qualidade de imagens não eram eram tão altos como a partir da década seguinte) e outras duas no canal Viva, em 2010 e 2018.

Em 2022, a Globo chegou a cogitar uma reprise da trama no Vale a Pena Ver de Novo, no lugar da reexibição de "O Clone" (2001), mas a imagem escura e considerada ruim para TV aberta descartaram os planos.