A Record resolveu adotar a mesma postura que a Globo e a partir do ano que vem começará a trabalhar com contratos por obra. Com isso, já começou a debandada e muitos atores têm sido avisados de que seus vínculos não serão renovados.

Dentre eles está Emílio Orciollo Netto. Em papo com o F5, ele confirmou que agora está livre no mercado. "Sim, a partir de agora trabalho por obra certa. Acho que é natural esse modelo, pois é uma tendência, seja na TV fechada, aberta e streaming", diz ele, que já prepara a estreia de uma peça no Rio no primeiro semestre de 2023.

Atriz das mais prestigiadas da Record, Adriana Garambone, há 17 anos no canal, também dá adeus à emissora em dezembro. Ela confirmou por meio de uma publicação que está deixando o trabalho. "Novos tempos. Até aqui muita gratidão. Um mundo de possibilidades."

Galã das novelas bíblicas há 16 anos, Fernando Pavão é mais um do banco de artistas que não teve seu contrato renovado. "É isso mesmo. Eu tinha contrato até abril, mas acertamos amigavelmente a rescisão", conta ele ao F5.

Beth Goulart também já foi avisada de que seu contrato não será mais fixo. Em papo com a reportagem, disse que está com o coração aberto para novos desafios. "Já desenho um ano de muito trabalho, como atriz, produtora, escritora e diretora", diz. Ela continua ao dizer que foi um tempo de boa parceria. "Fizemos trabalhos lindos e sempre agradeço o acolhimento, o afeto e a proteção que recebi de toda a equipe da emissora."

O F5 entrou em contato com a Record para mais informações, mas até a publicação deste texto não havia retorno.

Segundo o portal Na Telinha, a partir do próximo ano deverá ser a Igreja Universal a responsável pela produção das novelas em horário nobre. Com isso, a emissora venderia o horário e apenas seria a exibidora do conteúdo.

O intuito é ficar com o orçamento no azul e ter bem menos gastos com dramaturgia, uma vez que seria de responsabilidade total da Igreja as contratações e toda a produção dos capítulos. Essa nova gestão estaria por trás das não renovações de contratos.

Na prática, nada mudaria, mas a Igreja teria o horário para fazer dele o que quisesse. Caso a venda se confirme, a tendência é que a Universal continue a produzir tramas bíblicas sob supervisão de Cristiane Cardoso, a filha de Edir Macedo.