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Após blackface, competidor de quadro do Mais Você se desculpa: 'Amo pessoas negras'

Anderrupson fez prática no Jogo de Panelas, em jantar sobre o continente africano

O competidor do Jogo de Panelas, Anderrupson - Reprodução/Globoplay

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São Paulo

Durante o Mais Você (Globo) desta segunda-feira (23), o participante do quadro Jogo de Panelas, Anderrupson, falou sobre ter praticado o blackface no programa exibido na última sexta (20). Ele pintou seu corpo para ficar com a pele negra, em um jantar em homenagem ao continente africano.

"É um golpe duro ser taxado como racista quando você não é. Eu não sou, tenho minha consciência limpa. Minha intenção foi apenas entrar em um personagem", começou ele. "Tenho muita preocupação. É desumano, fico até emocionado porque eu amo muito as pessoas negras."

O cozinheiro amador seguiu dizendo que aprendeu com a situação, mesmo que de uma forma dura. "Não aprendi na didática que eu gostaria, mas aconteceu. Aprendi". Ele pediu licença para ler um texto que fez para se desculpar após o episódio.

"Queria pedir licença para fazer uma leitura de uma parte que eu redigi para pedir desculpas para todo o Brasil", disse. "Não vim me vitimizar, fui agressor --inconsciente, mas fui", começou a leitura do trecho escrito por ele. "Não deixe o racismo entrar."

No dia do incidente, Ana Maria Braga, 73, parou a apresentação do último dia da competição Jogo de Panelas e convidou a jornalista e professora Rosane Borges para explicar a problemática da prática e pontuar que não deve ser feita.

"O blackface surge no século 19 nos Estados Unidos, como um recurso muito utilizado pela aristocracia escravagista, que fazia da técnica uma forma de estereotipar e negar a humanidade das pessoas negras", explicou a estudiosa no programa.