Bianca Rinaldi diz que ainda é reconhecida como 'Escrava Isaura', sucesso nas tardes da Record
Atriz afirma que adoraria fazer uma continuação da trama
A história da escrava branca que sofre nas mãos do seu malvado senhor é reprisada pela quarta vez na Record. E, novamente, com bons índices de audiência. Qual é o segredo? Para Bianca Rinaldi, que faz a mocinha sofredora de "A Escrava Isaura" (2004), o sucesso é resultado de um conjunto de fatores, como o enredo forte e o fato de abordar situação real vivida no Brasil, que foi a escravidão e a luta abolicionista.
"Eu falo que é a galinha dos ovos de ouro. Até hoje encontro muita gente na rua que ainda me vê como a Isaura. Mesmo com o cabelo curto e loiro, as pessoas me falam: 'Como aquele Leônico te faz sofrer", afirma ela, em referência ao vilão, vivido por Leopoldo Pacheco.
Na visão da atriz, o público também se identifica com as características da protagonista que, embora seja sofredora, é muito batalhadora. "E o brasileiro tem muita fé, assim como a Isaura."
Rinaldi afirma que adoraria fazer uma continuação da trama. "Gosto de fazer novela de época. Hoje a gente está distante de todos os valores bons que eram muito explícitos naquela época, como o cavalheirismo e a gentileza. Não tinha celular, e as pessoas escutavam mais, aproveitavam mais as coisas simples que a vida fornecia, já que não existiam tantas opções como hoje."
A Record fez em 2016 "Escrava-Mãe", que narrava a saga da mãe de Isaura, Juliana, até o nascimento da filha.
"A Escrava Isaura" foi reprisada pela emissora em 2005 e 2006, 2007 e 2017. Atualmente, exibida das 15h15 às 16h, a novela deixa a Record na vice-liderança da audiência, perdendo para a Sessão da Tarde (Globo) e à frente do Fofocalizando (SBT).
Na última quinta (27), a trama marcou sete pontos na Grande São Paulo, com picos de 11 (cada ponto equivale a 74.987 domicílios no Kantar Ibope). A trama também foi reprisada no canal pago Fox Life, em 2015.
Para Bianca Rinaldi, o trabalho como Isaura a colocou em outro patamar como atriz. "Me deu um reconhecimento maior, subi um degrau. E aprendi muito com todo o elenco."
Rubens de Falco (1931-2008), que ficou marcado como o vilão Leôncio na primeira versão de "Escrava Isaura" feita pela Globo, em 1976, participou do remake da Record como o comendador Almeida, pai do malvado. Ambas as versões foram baseadas no romance homônimo de Bernardo Guimarães e tiveram o mesmo diretor: Herval Rossano (1935-2007).
Lucélia Santos interpretou Isaura na adaptação feita pela Globo, papel que a tornou conhecida em diversos países onde a novela foi exibida, como na China e na Polônia.