De volta ao SBT, Tiago Abravanel estreia reality gastronômico Famílias Frente a Frente
Famílias apresentarão receitas caseiras em disputa por prêmio de R$ 100 mil
Brigas acontecem em qualquer família, mas no novo reality show do SBT elas são transportadas para a cozinha. A proposta de Famílias Frente a Frente, que estreia nesta sexta-feira (10) no SBT, é a de que 12 famílias batalhem entre si com receitas caseiras para disputar o prêmio de R$ 100 mil.
Tudo isso sob o comando de Tiago Abravanel, que retorna ao SBT depois de quase sete anos participando de produções na Globo, como Popstar e "Salve Jorge" (2012). Apesar de estar na emissora de seu avô, Silvio Santos, Abravanel vai continuar com seus projetos paralelos em marcas como a Disney. Segundo ele, sua família já estava em busca de uma atração que tivesse "a sua cara" e o fizesse entrar em uma "nova fase".
O apresentador afirma ter se afastado de seu lado comunicador durante boa parte da vida pela dificuldade de lidar com o fato de ser neto do “maior comunicador do país”, mas ao contrário do que ele imaginava, foi “muito tranquilo e natural” gravar o Famílias Frente a Frente.
Ele diz que a competição gastronômica falará sobre seres humanos e relações familiares, permeada de tradições, técnicas, temperos, sabores e até segredos familiares. "Cada episódio tem sua característica marcante. São muitas nuances que a gente vive: ora tensão, ora você quer esganar um, ora quer abraçar e acolher. Tudo aconteceu aqui, nessas cozinhas. [...] Até dei uma engordada”, brinca Abravanel. “Já fui competidor de reality, eu sei o que é isso."
Ao todo, são dez episódios que serão exibidos às sextas-feiras, às 23h, no SBT, e um dia antes, na Amazon Prime Video, que trará ainda conteúdos extras. A final, que já está gravada, será exibida simultaneamente na plataforma e no SBT.
Neles, as famílias enfrentam dois desafios diferentes e fazem pratos que serão julgados pelo fundador e presidente da Cacau Show, Alê Costa, a chef pernambucana Carmen Virgínia e a repórter curitibana Gilda Bley. O programa também receberá jurados convidados da emissora, como Celso Portiolli, Eliana, Naiara Azevedo, Ratinho, Ronnie Von e César Menotti e Fabiano.
O formato da novidade, inspirado na versão internacional Family Food Fight, é da Endemol Shine, responsável por outros realities como o MasterChef. "Historicamente na televisão brasileira, as nossas avós já assistiam programas de culinária. Transformamos os programas de culinária tradicionais em um reality, que é uma paixão. Comida é uma coisa que você tem em casa, e ver na televisão algo que você consegue cozinhar em casa faz você querer assistir para aprender, ou até se identificar com algum participante”, diz o diretor de criação da Endemol Shine, Eduardo Gaspar, ao F5.
“O diferencial desse programa é que ele é sobre culinária caseira, e não sobre alta gastronomia. A avaliação dos jurados não é tão técnica, como tem que ser no MasterChef. Vamos conversar com esse mesmo público, mas não tanto sobre a técnica, e sim sobre o sabor”, acrescenta a diretora do programa, Cássia Dian.
DINÂMICA DO REALITY
Foram 20 dias de gravação dentro da fábrica da Cacau Show para criar os dez episódios que fazem parte desta primeira temporada, que deve ficar no ar até o dia 20 de dezembro. Nos dois primeiros episódios, as 12 famílias selecionadas são reduzidas para 6, em desafios que testam a relação familiar sob pressão. As seis famílias selecionadas ganham uma cozinha customizada, com itens pessoais.
A chef Carmen Virgínia ressalta que o reality trará pluralidade de personalidades e diversidade, para que todos se sintam representados. Ela mesma diz que se sente como representante das mulheres negras, e não dentro de uma “cota”.
"Pode sim uma empregada doméstica estar aqui avaliando”, diz. “Estou muito relacionada [ao programa] porque, antes de partir para a carreira profissional dentro da cozinha, eu vendia Carnê do Baú."
As famílias participantes, sempre com quatro integrantes, variam suas composições, sendo formadas por sogras, pais, filhos, primos, netos, casais e tios, a depender do time. Dentre eles, há inclusive uma família com maioria de homens –quebrando o estereótipo de mulheres na cozinha–, e outra com refugiados congoleses.
“Nosso objetivo era buscar representatividade, afinal o Brasil é feito disso. Temos muitas culturas e queríamos trazer isso”, diz Gaspar. De olho no futuro, ele já prevê o sucesso do programa: “O Brasil se dá bem com esse tipo de formato. Acreditamos muito que haverá segunda, terceira, quinta temporada…”
Dian completa: “É um formato que tem possibilidades para ser exploradas. É um programa de gastronomia feito por famílias, e isso a gente não tem na televisão”.