Alças flutuantes? Por que vestidos de Emily Blunt e Florence Pugh chamaram a atenção no Oscar
Looks, que pareciam ter dedos invisíveis puxando atrizes acima dos ombros, dividiram opiniões
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Emily Blunt apareceu no Oscar, de braço dado com seu marido, o ator John Krasinski, enquanto seu vestido rejeitava uma premissa: suas alças se recusavam a tocar seus braços. O decote flutuava, como se tivesse sido levantado de seus ombros indicados ao Oscar por dedos invisíveis.
Esses dedos, teoricamente, pertenceriam a Daniel Roseberry, diretor criativo da casa de moda francesa Schiaparelli. O vestido apareceu inicialmente na passarela do desfile de alta-costura primavera-verão 2024 da grife, em uma coleção inspirada no espaço, na astrologia e nos céus (uma das modelos carregava um bebê robô).
Ao redor do quadril de Blunt, o vestido —já coberto de lantejoulas nude— apresentava um contorno de trompe l'œil de cuecas masculinas em lantejoulas prateadas. Comentaristas de moda do canal E! continuaram se referindo ao vestido champanhe como "esportivo", dadas as alças estilo regata.
Depois veio Florence Pugh, que estrelou "Oppenheimer" ao lado de Blunt. Suas alças também se mantinham retas, saindo de seus ombros, em um vestido feito pela jovem marca milanesa Del Core (embora suas alças flutuantes não fossem tão rigidamente esculturais quanto as do vestido de Blunt).
O designer Daniel Del Core disse em setembro, quando o vestido estreou na passarela, que estava "fascinado por estruturas arquitetônicas, tanto quanto por formas naturais e suas relações". O restante do vestido de Pugh lembrava um organismo marinho, com sua cor azul-acinzentada espumosa, corpete em forma de recife e enfeites vidrados que lembravam gotas d'água.
O tapete vermelho do Oscar costuma ser bastante tradicional —pense em longas caudas, vestidos sem alças com joias e outras silhuetas românticas associadas ao glamour da Velha Hollywood. Portanto, foi chocante ver um elemento de design tão incomum em Blunt e ainda mais surpreendente vê-lo replicado em Pugh.
Houve alguns outros decotes ousados na noite de domingo (10). As mangas off-shoulder da indicada a melhor atriz Sandra Hüller eram vilmente afiadas, e o decote sem alças da colega indicada Lily Gladstone era adornado com penas feitas em colaboração pela Gucci e Joe Big Mountain, da Ironhouse Quillwork. Para Blunt e Pugh, seus decotes flutuantes injetaram um pouco de subversão a seus looks previsivelmente brilhantes.
Mas nem todos gostaram das alças. Os vestidos foram polarizadores nas redes sociais. Mas eles se destacaram. A palavra que veio à mente, literalmente, foi elevação.