The Masked Singer é um dos programas mais agradáveis da TV brasileira. Trata-se de um formato sul-coreano que se adaptou de forma tão perfeita ao nosso gosto que parece ter sido criado especialmente para a Rede Globo, pois reúne tudo o que a emissora saber fazer de melhor.

Começando pelo figurino, que é espetacular. São bonecos, bichos, personagens, objetos, com tanta riqueza de detalhes, tanta perfeição, que nos remetem para fantasias de luxo do nosso Carnaval. Não tem quem não fique encantado com a figura mágica de um dragão, com o luxo de uma gata espelhada, com a bizarrice de um brigadeiro cantando e dançando.

A apresentação de Ivete Sangalo também é perfeita. Que outra emissora teria uma cantora do nível de Ivete para apresentar um show de talentos musicais? Talvez o SBT, com Eliana. E só.

E o que dizer dos participantes? Tem que ter um casting de responsabilidade para apresentar tantas possibilidades e manter em segredo os nomes para que ninguém descubra. Seria impensável fazer esse programa na Record, por exemplo. Em duas edições, já estariam repetindo Adriane Galisteu e Ana Hickmann por falta de opções.

Os jurados também são um show à parte, porque transitam entre a ficção e a realidade. Estão ali ora como artistas, representando um papel, ora como pessoas que se emocionam e que também nos tocam. Quem viu Tata Werneck no programa, sabe do que estou falando.

Pois, agora, o que parecia impossível vai acontecer. O programa, que sempre foi irretocável, vai atingir a perfeição, porque, ao lado da maravilhosa Taís Araujo e do inigualável Eduardo Sterblitch, teremos a incrível Sabrina Sato.

Sabrina é a cara do Masked Singer porque é, ao mesmo tempo, simples e luxuosa, famosa e despretensiosa, familiar e autêntica. E é essa chave que abre a caixinha de surpresas dessa programa vitorioso.

Ali, ninguém quer ser melhor do que ninguém nem quer resolver as grandes questões mundiais, ou competir e parecer inteligente. Todos querem apenas sonhar, brincar, imaginar e permitir que o público participe junto —nas redes sociais— do grande mistério a ser resolvido: descobrir quem é a pessoa famosa por baixo daquela roupa, por trás daquela máscara.

Num mundo tão complicado, onde o comportamento humano se tornou tão incompreensível, onde o ódio torna tudo tão feio, é um alento ter um momento de inocência, humanidade e alegria, num ambiente de pura magia.

Vai ser lindo ver Sabrina Sato levando seu brilho para um programa que já nasceu tão iluminado.