De faixa a coroa
Descrição de chapéu Miss Universo

Miss Universo 2024: Grupo inédito de 16 mamães disputa coroa no México; veja fotos

Brasileira é uma delas; final do concurso será disputada no sábado (16), na Cidade do México

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Misses Brasil, Holanda (acima), Venezuela e Nigéria (abaixo) são algumas das mamães - Divulgação

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Cidade do México

Um grupo inédito de 16 mamães disputa neste sábado (16), a partir das 21h (horário de Brasília), a final do Miss Universo 2024 (transmissão no YouTube). O elenco do mundial, que celebra sua 73ª edição, terá um número recorde de 127 candidatas -- o que significa que 12,5% são mamães. É um dado significativo, levando-se em conta que, no ano passado, haviam apenas duas mães, entre 84 mulheres: as misses Colômbia, Camila Avella; e Guatemala, Michelle Cohn.

Uma delas é, justamente, pernambucana Luana Cavalcante, 25, que defende o Brasil. Ela é mãe de Pedro, de quatro anos. "Nos falamos todos os dias e ele ama saber que estou conquistando os meus sonhos. Nossa relação é muito tranquila quanto a isso, principalmente por eu ter uma rede de apoio muito grande desde o seu nascimento", explicou a Miss Brasil, em conversa exclusiva com a coluna, diretamente do confinamento do mundial, que neste ano acontece na Cidade do México.

"Acredito que o fato de eu ser mãe é uma oportunidade de não só reconstruir a história do mundo miss, mas também de conquistar a coroa para o nosso país no Miss Universo", emendou a miss.

Além de Luana, entre as mamães das Américas estão as misses Costa Rica, Elena Hidalgo, 32; Honduras, Stephanie Cam, 32; Porto Rico, Jennifer Colón, 36; e Venezuela, Ileana Márquez, 28. Já entre as europeias, as mamães são as 5 representantes da Armênia, Emma Avanesyan, 32; Bulgária, Elena Vian, 38; Holanda, Faith Landman, 28; Malta, Beatrice Njoya, 40; e Romênia, Loredana Salanta, 32.

Da África, as mamães são 4: Egito, Logina Salah, 34; Nigéria, Chidimma Adetshina, 23; Tanzânia, Judith Ngusa, 26; e Zâmbia, Brandina Lubuli, 28. Entre as asiáticas, completam as 16 da lista as misses Camboja, Davin Prasath, 33; e Emirados Árabes Unidos, Emilia Dobreva, 27.

A participação dessas mulheres só foi possível após a organização do mundial anunciar, em agosto de 2022, que passaria a aceitar a candidatura de mulheres casadas, separadas, grávidas e com filhos a partir de 2023.

O elenco de mulheres do certame também traz uma lista de ineditismos. Além das mamães, outras misses ganharam holofotes recentemente ao quebrarem padrões antigos do Miss Universo. Entre elas, está a egípcia Logina Salah, 34, que é a primeira candidata do concurso com vitiligo, e a sulafricana Mia Le Roux, 28, que é a primeira miss surda da competição.

MUDANÇAS DE REGULAMENTO

A partir de janeiro deste ano, o Miss Universo passou a permitir ainda a inscrição de mulheres de qualquer idade. A novidade é histórica, uma vez que isso nunca havia ocorrido em mais de 70 anos do concurso, cirado em 1952. Antes, só podiam estar na competição misses entre 18 e 28 anos.

Por conta disso, em setembro passado, a modelo sênior sul-coreana Choi Soon-hwa, que é mãe e avó e tem 80 anos, tornou-se a mulher mais velha em uma das etapas do concurso. Apesar de todo o apelo, no entanto, ela foi finalista mas não venceu a coroa de Miss Universo Coreia.

Outra novidade é que, pela primeira vez, o mundial terá duas brasileiras na disputa. Isso porque, além de Luana representando o Brasil, teremos também a baiana Glelany Cavalcante, 30, que venceu o título de Miss Itália 2024.

A última edição do Miss Universo, em novembro de 2023 -- vencida pela nicaraguense Sheynnis Palacios, 24 -- foi considerada a mais "plural" realizada até hoje, já que além de duas mulheres transgêneros (as misses Portugal e Holanda), teve entre suas candidatas uma modelo plus size (Miss Nepal) e duas mães (as misses Colômbia e Guatemala). Apesar disso, este ano não há mulheres transgêneros no elenco.

As mudanças no regulamento do concurso chegaram em um contexto inédito para a marca, que nunca esteve tão próxima dos temas de diversidade e inclusão. O principal motivador dessa disrupção foi a compra do concurso, há pouco mais de dois anos, pela empresária tailandesa Anne Jakrajutatip, que é uma mulher transgênero.