Na manhã de sábado (9), acontece em Mumbai, na Índia, a final da 71ª edição do Miss Mundo (ou Miss World, no original). Um grupo de 112 misses, de todos os cantos do planeta, disputa a famosa coroa azul, que hoje pertence à polonesa Karolina Bielawska, 24, eleita em março de 2022.

As misses estão no país asiático há algumas semanas, onde participam de etapas preliminares valendo pontos classificatórios, assim como eventos e passeios turísticos. A cerimônia será no palco do centro de eventos Jio World Convention Centre e será transmitida ao vivo, a partir das 10h (horário de Brasília), no YouTube.

Quem defende o Brasil é a amazonense Letícia Frota, de apenas 20 anos. Eleita em agosto de 2022, ela é natural de Manaus, modelo, digital influencer e estudante de psicologia. "Estou muito satisfeita e feliz de estar aqui. Esperei por quase dois anos para o concurso e me sinto pronta para levar o nome do nosso país ao pódio", disse ela em conversa com a coluna.

Se vencer, Letícia pode quebrar um jejum de 53 anos para o país na competição, e cravar de vez o seu nome na história dos concursos de beleza. A última –e única– vitória brasileira no concurso foi em 1971, com a médica carioca Lúcia Petterle, que hoje tem 74 anos.

Até o momento, a brasileira está indo muito bem —com chances reais de vencer. Ela classificou sua atuação em projetos sociais entre as 10 melhores (na etapa "Beleza com Propósito", ou Beauty with a Purpose, no original); ficou entre as 20 melhores na prova de Top Model; e está entre as 25 melhores na etapa de debates em defesa do projeto social (Head-to-head challenge).

O primeiro corte na final será de 40 semifinalistas e, até o momento, estão pré-classificadas 8 misses: Botsuana, Croácia, Inglaterra, Líbano, Martinica, Nigéria, Tunísia e Zimbábue.

Tradicional, o Miss Mundo é considerado um dos mais antigos e principais certames de beleza feminina do setor. Comandado pela Miss World Organization, que também realiza o Mister Mundo, ele faz parte do chamado grand slam da beleza, onde estão também o Miss Universo, o Miss Supranational, o Miss Grand International e o Miss International.

A dona do evento é a filantropa inglesa Julia Morley, 84, que passou a ocupar o cargo de CEO em novembro de 2000, após a morte de seu marido, Eric Morley, criador da competição. Seu principal diferencial é o "Beleza com Propósito", em que as candidatas apresentam um projeto social desenvolvido ao longo de seu reinado nacional, seja ele em seu país ou não.

Apesar de ter sido lançado em 1951, o Miss Mundo começou a contar com representantes brasileiras apenas em 1958, sendo a pernambucana Sônia Maria Campos a primeira representante do país.