Normalmente mais difícil de conquistar que outras redes sociais, o YouTube segue sendo o meio de maior acesso para os conteúdos do Porta dos Fundos, que soma ali 17,6 milhões de inscritos. Já no Instagram, que não remunera diretamente os donos de seus perfis com a monetização de conteúdos publicados lá, como faz o portal do Google, o time é seguido por "apenas" 2,5 milhões.

O Porta completou dez anos em 2022 exibindo um portfólio com formatos variados em diversos canais, do Grupo Globo ("Que História é Essa, Porchat?") ao TikTok, Instagram e o próprio YouTube, passando por Warner (GregNews, na HBO), FOX ("O Grande Gonzalez") e Paramount +, claro, serviço de streaming do conglomerado que é sócio majoritário do coletivo de humor desde 2017. A plataforma teve exclusividade sobre os dois últimos especiais de Natal e a série "As Seguidoras", com Maria Bopp, lembrando ainda de "Homens?", no canal Comedy Central, disponível também no Prime Video.

O grupo tem também uma fila de lançamentos nos cinemas e em moldes de podcast.

Este ano, o Porta começou marcando saldo bastante relevante no Instagram, onde tem conta desde 2013, com 26,9 milhões de visualizações no mês de janeiro.

Embora tenha bem menos seguidores do que o saldo de inscritos no YouTube, o Porta tem no Instagram e no TikTok a oportunidade de despejar conteúdos mais simples, como esses do Peçanha, o adorável PM vivido por Antônio Tabet, que também podem estar no YouTube, mas são mais buscados, vistos e compartilhados entre o público pelas redes sociais.

Além disso, o grupo de humor é um dos mais bem-sucedidos alvos de branded content, que pode ser traduzido como publicidade com embalagem de entretenimento, o que vale para todas as plataformas onde faz circular seus vídeos.

O filminho com maior número de curtidas (mais de 117 mil) em janeiro é o precioso diagnóstico de Peçanha sobre os erros dos policiais de Brasília na operação que deveria ter impedido a fúria e a invasão dos golpistas que tomaram as casas dos Três Poderes na capital federal, no fatídico 8 de janeiro.

Publicada apenas dois dias depois do episódio, a aula de Peçanha viralizou em outras redes e correu solto no WhatsApp.

Peçanha, personagem que já rendeu filme longa-metragem e versão da franquia do grupo no México, pede, além do talento de Tabet, apenas uma farda e um texto de onde o público espera erros gramaticais e evidências de toda a falta de cultura do personagem. O tipo se identifica como fardado pela PM do Rio de Janeiro e debocha do estereótipo de autoridade policial violenta, aquela que primeiro atira e depois pergunta.

Confira abaixo as dicas de Peçanha para a polícia do DF: