Zapping - Cristina Padiglione

Audiência: posse de Lula supera a de Bolsonaro, mas só na Globo

Emissora obtém maior índice em cerimônias do gênero desde a última posse do petista, em 2003

William Bonner e Renata Lo Prete comandam transmissão ao vivo da posse de Lula 3 na TV Globo - Reprodução Globo

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A transmissão da posse de Lula como presidente da República neste 1º de janeiro de 2023 rendeu à TV Globo a maior audiência de uma cerimônia de posse presidencial desde 2003 na Grande São Paulo, ou seja desde a primeira vez em que o mesmo Lula subiu aquela rampa.

Foram 15 pontos de média e 38% de participação entre o total de TVs ligadas, das 14h às 17h57. Há quatro ano, a posse de Jair Bolsonaro na Globo chegou a 14,1 pontos na região, onde está concentrado o maior número de consumidores do país.

A Globo obteve daí um terço a mais do que vem registrando no horário, excetuando, é claro, os dias de jogos na Copa do Mundo, quando os índices subiram, entre novembro e dezembro passados.

No Rio, a posse rendeu 14 pontos de média e 36% de participação entre os televisores ligados.

Talvez como sintoma da linha editorial adotada por cada emissora, a audiência no SBT dessa vez, na contramão da Globo, foi menor que em 2019. A TV de Silvio Santos registrou 4 pontos há 4 anos, ante 2,8 agora. A Band também marcou menos com Lula, oscilando de 2,8 a 2 pontos.

A Record registrou 3,1 no horário, mas interrompeu a transmissão no discurso de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, bem antes do fim da cerimônia.

OUTRO CENÁRIO

Há 20 anos, quando o petista ostentou a faixa presidencial pela primeira vez, o saldo percentual da Globo foi bem maior, chegando a 23 pontos de audiência, com 62% de participação entre as TVs ligadas, mas é preciso considerar que o cenário televisivo da época era bem distinto do de hoje. Nem Netflix tínhamos aqui, e a TV paga tampouco havia chegado ao seu ápice, o que só viria dez anos depois.

Além disso, 1 ponto de audiência hoje equivale a um número maior de pessoas. Este ano, a Kantar Ibope Media calcula que cada ponto na Grande São Paulo corresponda a 206.674 pessoas, ante 205.755 em 2022.