O grupo Jovem Pan agendou para 9 de agosto o primeiro debate que pretende realizar entre candidatos à presidência da República no ano que vem. Mas a Band, sempre ciosa de organizar o primeiro encontro em todos os pleitos eleitorais, já havia combinado com os representantes dos principais partidos políticos que realizará o seu encontro no dia 4 ou no dia 11.

Caso a proposta da Jovem Pan vingue, a segunda alternativa proposta pela Band implicaria à rede dos Saad perder a primazia do evento para o grupo presidido por Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha.

Se houver segundo turno, a Jovem Pan propõe que seu debate ocorra no dia 11 de outubro. O nome mais cotado para mediar o encontro é o de Augusto Nunes, que apresenta o Direto ao Ponto no canal pago Jovem Pan News e na Panflix.

Já para os representantes aos governos estaduais, o primeiro debate proposto pela Pan está marcado para 23 de agosto, e de novo a Band corre o risco de perder a vitrine do primeiro encontro, já que as datas sugeridas aos partidos foram 18 ou 25 de agosto.

Apontada como grupo alinhado a Jair Bolsonaro, a Jovem Pan dispensou recentemente o humorista André Marinho, após uma discussão com o presidente no programa "Pânico". Mas a emissora promete dar o mesmo espaço a todos os candidatos (o que a legislação eleitoral de certa forma já assegura).

"A Jovem Pan vai dar espaço para que os candidatos divulguem suas propostas de governo e os eleitores possam se decidir", diz Humberto Candil, diretor de jornalismo da Pan. "Tanto no formato debate, como entrevistas, podcasts e artigos no portal. Nosso compromisso é com o debate de ideias e o futuro do Brasil", conclui.

Todos os candidatos terão espaço para entrevistas nos jornais da emissora, além de cobertura exclusiva no Jornal da Manhã, também transmitido pelo rádio, e nos principais noticiários da programação.