Carla Diaz interpretará Suzane von Richtofen nos cinemas; filme está previsto para 2020
Ideia é abordar os bastidores que levaram ao crime e consequências
"A História da Menina que Matou Os Pais", filme de Maurício Eça previsto para 2020, já tem protagonista: Carla Diaz, 28, fará Suzane von Richtofen nos cinemas. A novidade foi apresentada pelo site de Hugo Gloss, no UOL, inclusive com uma primeira imagem da preparação de Carla para o papel, e foi confirmada por Zapping com a própria atriz.
Perguntada se ela já teve algum encontro ou terá com a personagem da vida real que, em 2002, admitiu ter assassinado os próprios pais, com a ajuda do namorado, Daniel Cravinhos e seu irmão, Cristian Cravinhos, a atriz disse que ainda não sabe quais detalhes pode revelar sobre o filme neste momento. O longa terá roteiro da criminóloga e escritora Ilana Casoy, em parceria com o escritor Raphael Montes. A estreia está prevista para o segundo semestre de 2020. A ideia é abordar os bastidores que levaram ao crime e suas consequências, além do que os noticiários da época puderam informar.
Carla Diaz surgiu para a fama com um comercial da Caixa Econômica ao lado da campeã do basquete Hortência. Fez "Éramos Seis", no SBT, ainda com 4 anos, e a versão brasileira de "Chiquititas", pela mesma emissora. Na Globo, fez "Laços de Família" (2000), "A Casa das Sete Mulheres" (2003), "A Força do Querer" (2017) e "Espelho da Vida" (2018). Mas o grande hit mesmo veio em "O Clone" (2001), com uma interjeição árabe que teria gerado muitos memes, se na época houvesse rede social.
Toda vez que se admirava com alguma coisa, Khadija Rachid, filha da protagonista Jade (Giovanna Antonelli) e de Said (Dalton Vigh), dizia "Inshalá!". De 2009 a 2016, Carla esteve na Record, onde fez "Promessas de Amor", Rebelde", "Milagres de Jesus", "Plano Alto" e "A Terra Prometida". Voltou à Globo em 2017 como "a novinha do Rubinho" (Emílio Dantas), em "A Força do Querer", outra novela de Glória Perez, autora de seu maior sucesso, "O Clone".
O CRIME
Suzane von Richtofen é ré confessa no assassinato dos pais, Manfred e Marisa von Richtofen, uma família de classe média alta de São Paulo. Ela e Daniel Cravinhos se conheceram em agosto de 1999 e começaram um relacionamento sem o apoio das famílias, principalmente dos Richthofen, que proibiram o namoro. Suzane, Daniel e Cristian então criaram um plano para simular um latrocínio e assassinar o casal Richthofen, pensando também na herança de Suzane.
No dia 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão da família em São Paulo para que os irmãos Cravinhos pudessem acessar a residência. Depois disso eles foram para o segundo andar do imóvel e mataram Manfred e Marisa. Suzane e Daniel Cravinhos foram condenados a 39 anos e 6 meses de prisão; Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de reclusão.
O IRMÃO
Há dois anos, Andreas von Richtofen, então com 29 anos, único irmão de Suzane, foi encontrado em condições precárias, tentando pular o muro da casa de um familiar no Morumbi. Segundo relatos dos policiais que o encontraram, ele aparentava estar em estado de surto pelo uso de drogas, o que não foi encontrado com ele na ocasião. O menino, muito próximo da irmã até o crime, visitou-a uma única vez na prisão e nunca mais quis conversar com ela.
Enquanto esteve sob os cuidados do único tio materno, Miguel Abdalla, Andreas terminou seus estudos no colégio Vértice, um dos mais renomados de São Paulo. Cursou farmácia e bioquímica na Universidade de São Paulo entre 2005 e 2009. Ingressou no doutorado em química orgânica em 2010 na mesma universidade e recebeu bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.