Colo de Mãe
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Uma Páscoa diferente em meio à pandemia de coronavírus

Crise da Covid-19 é real, mas podemos, ao menos por hoje, buscar alegria

Carta de Nicolas Torolo Biral, 8, de São Paulo, para o coelhinho da Páscoa, pedindo, além do ovo, para ele deixar um bilhete dizendo se está bem em razão do Covid-19 - Arquivo pessoal

A Páscoa é uma das datas mais esperadas em nossa família, como em muitas. É o momento em que minhas meninas e meu sobrinho almoçam mais um domingo na casa da vovó e do vovô, sabendo que será diferente dos demais, pois terá a caça aos ovos.

É o dia mais esperado por eles. Sonham com as pistas e onde será o esconderijo do ovo. Por isso, quando o distanciamento social começou, em meados de março, minha caçula já se entristeceu com a possibilidade de não ter Páscoa, assim como a mais velha.

“Teremos Páscoa, sim, Laurinha. Só que será diferente”, foi o que eu disse a caçula naquele dia.

Será diferente do que estamos habituados a fazer porque ficar em casa é o ideal neste momento e ser empático com o ser humano ao lado, praticando o confinamento para evitar contaminar ou ser contaminado com a Covid-19, também faz parte do real sentido que a Páscoa deve ter.

A data representa passagem e vida nova. Representa a lição de que tudo passa, especialmente as coisas ruins. Representa a possibilidade de termos mais uma chance em nossa existência, para fazer a vida ser ainda melhor.

Eu não acho que quem é mesquinho se tornará menos egoísta por causa do coronavírus, mas acredito que nós, pais e mães, filhos e netos, irmãos, sobrinhos e amigos poderemos sair melhores do que entramos se fizermos esta escolha.

A Páscoa não terá só a tradicional caça aos ovos, mas virá com ensinamentos sobre cair e levantar, sobre “carregar sua cruz” e tentar ter leveza. Sobre amar o próximo como a si mesmo.

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