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Livro de Monja Cohen traz ensinamentos valorosos a partir da ideia do contágio

Obra evoca premissa de que para fazer o bem é preciso de renúncias e de escolhas

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Ela já compartilhou seus ensinamentos sobre equilíbrio, paz e meditação em diversos momentos difíceis do país. Agora, aos 73 anos, Monja Coen Roshi segue ativa, com a publicação de “O Bom Contágio” (144 págs. R$ 34,90, Best Seller).

O título não poderia ser mais acertado, pois soa como um fio de esperança em meio à pandemia do novo coronavírus. E evoca a premissa de que para fazer o bem é preciso de renúncias e de escolhas. Ou seja: não é fácil mesmo, ainda mais nos tempos atuais.

No livro, a monja explica que o simples hábito de dormir demais é algo a ser combatido e até um ensinamento valoroso, pois permitiria à pessoa fazer outras coisas. Dessa forma, a obra se propõe a ser uma espécie de guia no caminho do autoconhecimento e da busca da alegria. Esta última, mais do que encontrada, deve ser compartilhada com os outros em momentos difíceis, como bem sugere o título do livro.

Se os ensinamentos às vezes são difíceis de serem executados e mais ainda de serem digeridos, a leitura de “O Bom Contágio” é ágil e simples. Como em uma literatura de cordel, trechos de ensinamentos são intercalados com momentos mais leves e de poesias. As palavras não têm grande segredo: o mais difícil mesmo é aplicar tudo o que é transmitido.

Se na pandemia a ansiedade corre a mil, por exemplo, o ensinamento de “sentir contentamento com a existência” é mais do que uma alegria passageira e cai como uma luva nas necessidades mentais de uma pessoa confinada e aflita.

“A alegria não é uma herança genética”, ela diz. Ou seja, é algo que está ao alcance de todos. É só conseguir o mais difícil: domar a mente e absorver os ensinamentos.

Para isso, a meditação é uma prática aliada muito citada. Por meio de diálogos e memórias, a capacidade do ser humano de tomar as rédeas da própria vida, não importa a idade, é evocada.

Todo o corpo teria a sua sabedoria. Caberia a nós encontrá-la e compartilhá-la com os outros como bem. “Se o que você falar, fizer ou pensar levar o maior número de seres à verdade e ao caminho, será o bem”, ela parafraseia Buda, em certo trecho.

Monja Coen Roshi - Divulgação

Autora de diversos livros, Monja Cohen consegue se manter atual e interessante em “O Bom Contágio”, tratando de ensinamentos budistas desta vez atrelados ao contexto da pandemia e dos problemas emocionais e físicos decorrentes dela. O principal deles talvez seja a capacidade do ser humano de se adaptar e acolher o próximo em situações difíceis.

Mas não se engane: para levar o livro a sério e conseguir absorver os ensinamentos budistas, é preciso estar de braços abertos. Essa talvez seja a tarefa mais difícil da dica de leitura desta semana.

Para atravessar esse caminho, compaixão e sabedoria são valores inseparáveis e é preciso de ambos para fazer o bem a si mesmo e ao outro. E mais: o indivíduo só conseguiria ser feliz na medida em que ele encontrasse felicidade no outro. Difícil é, mas tentar ser melhor nunca é demais.

MAIS VENDIDOS

FICÇÃO
1 "Box 1984 + A Revolução dos Bichos", de George Orwell (Cia. das Letras)
2 "O Duque e Eu", de Julia Quinn (Arqueiro)
3 "O Homem de Giz", de C.J. Tudor (Intrínseca)
4 "1984", de George Orwell (Cia. das Letras)
5 "Box - o Essencial Sherlock Holmes", de Arthur Conan Doyle (Aeroplano)

NÃO FICÇÃO
1 "Mulheres que Correm com os Lobos", de Clarissa Pinkola Estés (Rocco)
2 "Sapiens - Uma Breve História da Humanidade", de Yuval Noah Harari (Publibook)
3 "Box - O Essencial da Psicologia", de Sigmund Freud (Aeroplano)
4 "Direito Constitucional Esquematizado 2020", de Pedro Lenza (Saraiva)
5 "21 Lições para o Século 21", de Yuval Noah Harari (Cia. das Letras)

AUTOAJUDA
1 "A Sutil Arte de Ligar o Foda-Se", de Mark Manson (Intrínseca)
2 "A Coragem de Ser Imperfeito", de Brené Brown (GMT)
3 "O Milagre da Manhã", de Hal Elrod (Record)
4 "Ansiedade", de Augusto Cury (Saraiva)
5 "A Morte É um Dia que Vale a Pena Viver", de Ana Claudia Quintana Arantes (GMT)

Fonte: Livrarias Saraiva (de 15 a 21.fev.2021)