Olá, cozinheiros! Bem-vindos a mais uma aventura na cozinha!

Não foi à toa que escolhi a receita de beijinho para a coluna de hoje. Afinal, com beijinhos (um, dois ou até três dependendo da região) dizemos oi e também dizemos adeus. Hoje, me despeço deste espaço que ocupei nos últimos quase três anos e meio, com uma preparação doce que, para mim, vai significar até breve.

Como a grande maioria dos nossos doces, o beijinho é também uma herança da açucarada doçaria portuguesa —tal qual a cocada e o quindim. Antes, era preparado com leite, ovos e açúcar, mas com a chegada do leite condensado (que facilitou muito a vida dos docinhos de enrolar), os beijinhos se tornaram muito simples. Leite condensado, manteiga e coco. Fim. A receita é realmente infalível, mas venho aqui mostrar um outro jeito de preparar as guloseimas que sempre me apeteceram mais do que os doces de chocolate das festinhas.

A preparação é mais uma que sai dos anais dos cadernos de receita da minha família. Vocês perceberão que ela leva alguns ingredientes a mais. E, também por isso, demora um pouco mais de tempo para ficar pronta. A dica é não deixar de mexer jamais e não se assustar com as bolhas. Esse beijinho espirra um pouco quando ferve. Porém, passado o frisson da fervura e depois de frio e enrolado, é um dos doces mais macios e saborosos que posso imaginar.

O cravo-da-índia espetado vai do gosto do freguês. Particularmente, adoro. O sabor e o aroma picantes da especiaria me levam a um lugar muito especial pertencente ao reino dos doces do Brasil, ao lado da abóbora, do mamão verde e da laranja-da-terra.

Espero que esta receita alegre a vida do leitor. Agradeço a todos que me receberam em seus fogões e corações com minhas receitas de família, simples e práticas. Não deixe de ir à cozinha, siga se cuidando e até breve!

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BEIJINHO

Dificuldade: Fácil
Rendimento: 30 unidades

Ingredientes
1 lata de leite condensado
200 g de coco ralado e mais para enrolar
1 e ½ xícara (chá) de açúcar
3 ovos
1 xícara (chá) de água