Sophia Abrahão e Sergio Malheiros estreiam na dublagem: 'Chance de ir além'
Casal e Marcelo Serrado mudam vozes para personagens de 'Ron Bugado'
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O casal Sophia Abrahão, 30, e Sergio Malheiros, 28, fará a sua estreia na dublagem de animações a partir do filme “Ron Bugado”, que chega aos cinemas de todo o país nesta quinta-feira (21).
A experiência de dar vida a personagens animados tem semelhanças, mas também diferenças com a atuação. “Tive que fazer uma voz diferente da minha, mais animada, para cima, a voz acabou ficando até estridente e isso foi meu maior desafio. Fui buscar um tom que não usaria no meu trabalho em novelas”, revela Sophia.
“A dublagem envolve a parte artística que está perto do que fazemos, a criação de personagem. O que estudamos foi a parte técnica, os exercícios de voz. Precisamos trabalhar o timing da boca do personagem. Foi incrível”, avalia Malheiros.
A animação à que se referem é uma produção da 20th Century Studios em parceria com a Locksmith Animation. Na narrativa, o garoto Barney é um estudante do ensino fundamental que tem dificuldade de ter novos amigos. Então, seu pai aparece com Ron, um novo dispositivo digitalmente conectado que anda, fala e se torna seu “Melhor Amigo Pronto Pra Uso”.
Porém, logo o jovem percebe que o robô tem problemas de funcionamento e a amizade se transforma em uma confusão tecnológica.
Tudo piora quando o dono da empresa de tecnologia que criou o robô descobre sobre o comportamento independente de Ron. Ele percebe que a peculiaridade do boneco pode resultar em grande lucro. Assim, se propõe a capturar Ron e trazê-lo de volta à loja.
E será nesse momento que Barney e seus amigos determinarão um plano para salvar Ron e garantir que o melhor amigo fique são e salvo na companhia de todos.
Na história, Sophia empresta sua voz a Miss Thomas, professora de Barney. Malheiros, por sua vez, é a voz por trás do CEO da loja Bubble Inc, Mark Wydell, que quer recuperar o robô à todo custo.
“O boneco era tão parecido comigo que ficou fácil. É a minha cara”, diverte-se Malheiros. “Sempre fui fã de animações infantis, gosto de desenhos. Dublar era uma lacuna na minha trajetória. Agora quero fazer carreira, já deixei meu currículo com a Disney”, emenda.
O ator Marcelo Serrado, 54, é outro artista que empresta sua voz para um dos personagens. Na trama ele dubla Graham Pudowski, o pai do garoto que compra o robô tecnológico para ele. Segundo Serrado, a mensagem do filme pode levar a reflexões.
“A questão do bullying é forte assim como o afeto do pai com o filho. Fica a pergunta se é melhor dar tudo o que o menino quer para ele ficar feliz ou proporcionar outro tipo de apoio. A mensagem é bonita de um pai que faz tudo por um filho”, afirma.
Diferentemente de Sophia e Sergio, Serrado já havia dublado uma outra oportunidade, em 2016, quando viveu um porquinho no longa “Sing - Quem Canta seus Males Espanta”.
“Experiência incrível, adoro dublar. Tenho filhos [Guilherme e Felipe, 8, e Catarina, 16] que assistirão comigo. Esse filme me pegou pela temática. Sempre tive vontade de fazer dublagem. Havia surgido antes um convite para ‘Divertida Mente’ [2015], mas não pude fazer por questões de agenda”, rememora.
Apesar de os filhos já terem visto o filme anterior que ele teve a chance de dublar, Serrado afirma que agora será diferente. “Esse é mais real. Faço um humano que é um pai também e tem questão toda do limite, do amor que um pai tem pelo filho. Questões muito cotidianas”, aponta.
A preparação dos atores para encarar a dublagem é toda especial. “Para esse papel eu coloquei voz mais aguda, meio que gaguejando um pouco como se quisesse encontrar as palavras. Para isso procurei ter boas noites de sono e aquecer a garganta”, explica Serrado.
Para Malheiros, o ideal foi prestar muita atenção na interpretação do ator americano que fez a voz original de seu personagem. “Ele escolhe, interpreta e cria, e nós animamos em cima do que ele fez. Tivemos de ouvir muitas vezes e buscar aquela emoção”, detalha.
Sophia se diz encantada com esse universo e já pensa nos próximos trabalhos na área. “É muito legal. Para o tom que usei pude colocar uma tinta a mais. Chance de ir além, de caprichar nas cores e de poder brincar com voz”, encerra a atriz.