Uma das maiores agências de talentos de Hollywood criticou nesta sexta-feira (30) o estúdio da Disney em uma discussão pública e acalorada sobre a alegação da atriz Scarlett Johansson, 36, de que ela perdeu dinheiro no lançamento do filme “Viúva Negra”.

Bryan Lourd, co-presidente da agência Creative Arts (CAA), acusou a Disney em um comunicado de atacar o caráter da atriz e de revelar o seu salário de US$ 20 milhões (mais de R$ 104 milhões) pelo filme de super-herói “em uma tentativa de usar o seu sucesso como artista e empresária como uma arma”.

Lourd, que também representa Johansson, emitiu o comunicado um dia depois de a estrela de “Viúva Negra” processar a Disney por violação de contrato ao ter lançado o filme em 9 de julho na sua plataforma de streaming, a Disney+, ao mesmo tempo em que estava nos cinemas, reduzindo o que ela esperava receber em percentual das arrecadações de bilheteria.

Johansson, que é uma das atrizes mais populares de Hollywood e está entre as mais bem pagas, fez nove filmes da Marvel com a Disney. Lourd disse que a Disney “de maneira descarada e falsa acusou a senhorita Johansson de ser insensível com a pandemia global de Covid-19”.

Na quinta-feira (29), a Disney respondeu à acusação da atriz dizendo que “não havia mérito” no processo. Também revelou o valor que Johansson recebeu pelo filme e disse que o processo mostrava “um cruel desprezo” pelos efeitos da pandemia.

“Os ataques diretos da Disney ao seu caráter e todo o resto que eles implicam estão abaixo dos padrões da empresa para a qual muitos de nós da comunidade criativa trabalhamos com sucesso por décadas”, acrescentou Lourd. A Disney não respondeu imediatamente a um pedido por comentários sobre o comunicado de Lourd.

“Viúva Negra”, a história da assassina russa que se tornou uma Vingadora, arrecadou US$ 80 milhões (R$ 416 milhões) na bilheteria dos Estados Unidos e do Canadá no fim de semana de estreia. O filme também gerou US$ 60 milhões (R$ 312 milhões) em compras no Disney+, segundo a Disney.