Dalton Vigh comenta papel em 'Poliana Moça' e desafio de não se acomodar
No ar também em 'O Clone', ator compara papéis com 20 anos de diferença
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Um deles é pai de uma adolescente, que está descobrindo os desafios e novidades do mundo. O outro é um empresário árabe apaixonado pela esposa e inconformado que ela ame outro. Os personagens Said e Otto são completamente diferentes, mas para o ator Dalton Vigh, 57, construídos da mesma forma.
Com mais de 25 anos de trabalho em novelas, o ator está no ar hoje em dose dupla, e em emissoras concorrentes. No SBT, ele é Otto na recém-lançada "Poliana Moça" (2022, SBT), que sucede o sucesso "As Aventuras de Poliana" (SBT, 2018-2020), enquanto na Globo ele vive Said na reprise de "O Clone" (2001-2002, Globo).
Vigh afirmou, em entrevista por email concedida ao F5, que essa é uma grande oportunidade de ver a evolução entre seus papéis e novelas, apesar de admitir não ter muito tempo para vê-las. Questionado sobre essas diferenças, no entanto, ele brinca que a maior delas "são os 20 anos que separam os papéis".
Além da idade, no entanto, os dois personagens tinham objetivos e problemas diferentes. "Um queria que a mulher o amasse à força e o outro queria construir um robô para substituir a filha falecida", relembra o artista, que destaca que Said, de "O Clone", acaba por se contentar com sua relação conturbada.
"[Já] o Otto busca a redenção", destaca sobre seu papel, que vem ainda com mais um estímulo. Vigh dá vida ao pai adotivo de Poliana desde a primeira fase da novela, "As Aventuras de Poliana" que teve mais de 500 capítulos, e teve sua continuação apenas em 2022, após adiamentos devido à pandemia de Covid.
Ele diz que, apesar de já ter revisitado personagens em outras tramas como as minisséries "Lara com Z" (2011) e "Cinquentinha" (2009), Otto passou por mudanças significativas, tanto na forma de agir quanto na forma de pensar. Para Vigh, interpretar o personagem seria desafiador e instigante para qualquer ator.
Além disso, ele avalia que é sempre difícil trabalhar com o mesmo personagem por muito tempo, sendo necessário ficar atento para não cair em repetições na forma de atuar. "O grande desafio de se fazer uma obra extensa é o ator não se acomodar e entrar no piloto automático", diz ele, em entrevista ao F5.
"Era um personagem amargurado e infeliz e foi através do convívio com Poliana que ele entrou em contato com os próprios sentimentos e se tornou uma pessoa bem mais afável, já no final da primeira temporada", comentou. "No caso dele não foi uma reconstrução, mas uma desconstrução", completou o artista.
A novela de Íris Abravanel abordará nessa nova etapa de Poliana temas como a Covid, empoderamento e amadurecimento. "Nessa adaptação procuramos trazer para a nossa realidade um pouco de cada coisa. É uma novela motivacional", disse a autora antes da estreia, em 21 de março. Quanto ao papel de Otto na trama, Vigh e os fãs esperam para ver.