Celebridades

Morte de Paulo Gustavo é o fim de uma era no humor, analisa Ingrid Guimarães

'Eu não consigo me imaginar fazendo piada', ela disse, em entrevista a Pedro Bial

A atriz Ingrid Guimarães - Divulgação

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A morte do ator Paulo Gustavo, 42, vítima da Covid-19, é o fim de uma era para o humor brasileiro. A afirmação é da comediante Ingrid Guimarães, 48, que ainda não sabe como fará para voltar a fazer rir.

Em entrevista ao Conversa com Bial (Globo), ela reviu trechos de uma conversa dos dois para o Além da Conta (GNT) e chorou. Foi nesse programa que o humorista revelou o medo de morrer de Covid-19.

"Eu tenho medo de pegar isso, a pessoa não saber o que usar em mim e eu morrer", ele disse.

Também no Além da Conta, Paulo Gustavo falou sobre a função de fazer rir na pandemia. "A gente cura as pessoas, a gente transforma as pessoas", afirmou.

Ingrid, que era amiga do humorista, ainda não tinha tido coragem de rever a entrevista. Segundo ela, o criador da Dona Hermínia falava muito sobre morte e ficou mais preocupado na pandemia.

A comediante lembrou também que o amigo fez tudo rapidamente e quem convivia com ele achava que era ansiedade.

Ela recordou quando foi convidada para assistir a peça "Infraturas", em que Paulo Gustavo contracenava com Fábio Porchat. Na época, os dois eram novatos no humor. Pouco tempo depois, ele criou o espetáculo "Minha mãe é uma peça" e começou sua trajetória de grande sucesso. Logo virou um fenômeno e passou a dar conselhos sobre a arte de fazer humor para Ingrid, de quem era fã.

No velório, a irmã do artista, Juliana Amaral, pediu para os amigos continuarem o legado dele. No caso de Ingrid, isso passa por seguir apostando no cinema popular.

No entanto, ela acha que não vai ser fácil. "Eu não consigo me imaginar fazendo piada", revelou.

Ao mesmo tempo, a atriz acredita que os novos humoristas podem aprender com todo o material deixado por Paulo Gustavo, um artista que trabalhava muito. "Minha mãe é uma peça", por exemplo, virou uma trilogia de filmes.

A mãe de Ingrid, a advogada Sônia Angel, participou da parte final do programa, pois a entrevista teve como uma das pautas o programa Modo Mãe (GNT), apresentado por Ingrid.

Sônia falou sobre os desafios de ser uma profissional bem sucedida e mãe de três filhas.

"Com muita disciplina, com muito diálogo, consegui fazer elas entenderem que eu tinha um sonho e que no futuro elas também teriam", disse.