Harry e Meghan se pronunciam após investigador revelar acesso a dados secretos
Casal disse que este é um importante 'momento de reflexão para a mídia'
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Um porta-voz do príncipe Harry, 36, e de Meghan Markle, 39, considerou este um "importante momento de reflexão para a indústria da mídia" após o investigador particular americano, Daniel Hanks, revelar à BBC que foi contratado pelo tabloide britânico The Sun para investigar a vida pessoal da atriz durante os primeiros anos do romance com o nobre.
Hanks disse que decidiu falar do seu trabalho para o The Sun "para limpar a consciência". A BBC teve acesso ao "relatório abrangente sobre Meghan e sua família", que o investigador entregou ao tabloide britânico. O documento continha o número de Seguro Social, telefones e endereços de Meghan e informações sobre os membros da família dela, além de seu ex-marido e um ex-namorado.
Nos Estados Unidos, os investigadores particulares licenciados têm acesso total aos bancos de dados de informações pessoais por alguns motivos permitidos, como relatórios judiciais. No entanto, acessar todos esses detalhes para fins jornalísticos é ilegal. Hanks disse que encontrou todas as suas informações por "meios legais", com exceção dos números da previdência social, que ele chamou de "a chave do reino".
"O Duque e a Duquesa de Sussex sentem que hoje é um importante momento de reflexão para a indústria da mídia e a sociedade em geral, pois este relatório investigativo mostra que as práticas predatórias dos dias passados ainda estão em curso, colhendo danos irreversíveis para famílias e relacionamentos", disse o porta-voz do casal.
"Eles são gratos aos que trabalham na mídia e defendem os valores do jornalismo, que são necessários agora mais do que nunca."
O duque e a duquesa têm um relacionamento tenso com a imprensa sensacionalista do Reino Unido. Na entrevista concedida a Oprah Winfrey, eles disseram que isso criou um "ambiente tóxico" de "controle e medo" e foi o grande culpado por eles terem deixado o Reino Unido.
O príncipe Harry está processando o editor do Sun e o ex-editor do Daily Mirror por alegações de invasão de telefones antes de 2011. Em fevereiro, Harry recebeu uma indenização do tabloide britânico Mail on Sunday, que o acusou de desprezar o Exército depois de abandonar suas responsabilidades como membro da família real.
Harry processou a Associated Newspapers, grupo que publica o Mail On Sunday e seu site MailOnline, por difamação em relação a dois artigos "quase idênticos" publicados em outubro, alegando que ele "não mantinha contato" com os militares desde março.
O Supremo Tribunal de Londres validou um acordo que resolve o processo, segundo o qual o grupo de imprensa reconhece que essas alegações eram falsas e estabelece uma indenização, cujo valor não foi divulgado. Os fundos irão para a Invictus Games Foundation, criada pelo neto da rainha Elizabeth 2ª para ajudar ex-soldados deficientes, anunciou sua advogada Jenny Afia.
Publicadas em 25 de outubro, as duas matérias afirmam que "oficiais superiores exasperados" estavam considerando substituir Harry como capitão-geral dos Royal Marines, porque "ele não havia entrado em contato por telefone, carta, ou e-mail, desde sua última aparição como marine honorário".
Os artigos também afirmam que o duque de Sussex —que serviu por 10 anos no Exército britânico, incluindo missões no Afeganistão— não respondeu a uma carta dirigida a ele pessoalmente por um ex-chefe militar e citou um oficial aposentado que teria pedido a Harry para "levar o trabalho a sério".
Em 27 de dezembro, o Mail On Sunday publicou um pedido de desculpas, reconhecendo que o duque havia estado em contato com os Royal Marines.
Após sua retirada da monarquia britânica em 2020, Harry e sua esposa, Meghan, mudaram-se para a Califórnia com seu filho Archie, nascido em maio de 2019. Como consequência, o príncipe teve de renunciar às suas funções militares, às quais afirmava ser muito ligado.