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Aniversário de SP: Artistas paulistanos revelam locais que mais gostam na cidade

Criolo, Lilia Cabral e Maurício de Sousa compartilham histórias

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Lilia Cabral, Criolo e Mauricio de Sousa - Divulgação

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São Paulo

Parques, teatros e até rodas de samba. A cidade de São Paulo completa 467 anos nesta segunda-feira (25), e alguns artistas compartilharam com o F5 seus locais favoritos. As memórias incluem desde pontos turísticos, como o parque Ibirapuera (zona sul), até lugares que lembram a época de infância.

Entre declarações apaixonadas pela cidade, eles relatam a angústia de ficarem longe de alguns desses locais na pandemia. Até as celebrações oficiais da Prefeitura de São Paulo pela data foram online neste ano, incluindo projeções e intervenções em homenagem aos profissionais de saúde e às vitimas da Covid.

A atriz Lilia Cabral, 63, que pode ser vista atualmente na reprise da novela “A Força do Querer” (Globo, 2017), afirma que adora os programas culturais e gastronômicos da capital paulista, e destaca o MASP (Museu de Artes de SP) e o MIS (Museu da Imagem e do Som), além dos passeios pela Vila Madalena e por Higienópolis.

“É uma cidade que se reinventa diariamente, uma cidade que nos abraça, principalmente em termos culturais. Com a pandemia, isso deixou um pouco de acontecer. Torço para que em breve possamos voltar a viver essa São Paulo que tanto amamos”, afirma ela, que se divide hoje entre a capital paulista e o Rio de Janeiro.

Cabral cita também o Sesc Pompeia, que era próximo de sua escola. “Minha história pode ser contada exatamente nesse trecho, na rua Tibério, perto do Sesc Pompeia. Tem ainda o Parque da Água Branca, onde meu pai e minha mãe me levavam. Toda aquela região da Vila Romana e de Santa Cecília marcaram muito a minha vida.”

O cartunista Maurício de Sousa, 85, também aponta locais importantes da sua infância, como o centro antigo da cidade, “principalmente à noite, com sombras e luzes amareladas. É poético. E nostálgico”. Ele afirma que costumava caminhar sozinho na região enquanto o pai trabalhava na praça do Patriarca.

“Dava voltas pelo Vale do Anhangabaú, circundava o Theatro Municipal. Com trocados que meu pai fornecia, devorava cachorro quente nos baixos do prédio Martinelli. Isso nos meados dos anos 1940. Ainda era o tempo dos bondes”, recorda ele, que morou na região central da cidade e depois no Tatuapé (zona leste).

Outro destaque do cartunista é o Parque Villa Lobos, que fica próximo a sua casa. “Os frequentadores são atrações, as áreas verdes, também. Bom pra caminhadas e pedaladas, para rever rostos conhecidos e conhecer outros tantos. O visual do entorno é fascinante. Nesta época de distanciamentos, a extensão do parque vem a calhar.”

O apresentador Rodrigo Faro, 47, também destacou um parque, mas o Ibirapuera, como um de seus lugares favoritos na capital paulista. Ele, que cresceu na região do Paraíso (zona sul), conta que fez ginástica olímpica, natação, vôlei, entre outros esportes no ginásio do Ibirapuera entre a infância e a adolescência.

Hoje, ele mora em Alphaville, em Barueri (Grande SP), por isso diz ser mais difícil frequentar o parque, mas sua mãe mora na região até hoje. “Tenho muitas memórias no parque, no bairro onde morei e também do Colégio Arquidiocesano, na Vila Mariana (zona sul), onde estudei a minha vida inteira até ir cursar rádio e TV na USP.”

A modelo internacional Nahuane Drumond, 22, também destacou o Ibirapuera entre seus lugares favoritos. Atualmente morando em Londres, ela cresceu na zona sul até se mudar para a zona leste, na adolescência. Mas o Ibirapuera virou um marco para ela ”porque foi lá que eu recebi o convite para começar a modelar”, afirma.

Ainda entre os pontos turísticos, a atriz Claudia Raia, 54, destaca o Theatro Municipal. “É um dos lugares mais lindos. Um lugar onde trabalhei bastante, onde assisti a coisas inesquecíveis, que estão marcadas na minha alma”, afirma ela, que apenas de ter nascido em Campinas (interior de SP) diz ter uma relação forte com a capital paulista.

Outro ponto turístico citado foi a avenida Paulista (centro), escolhida pela cantora Negra Li, 41. Principalmente “à noite, com todas as suas luzes, muito movimento, pessoas de todos os tipos, andar por lá é demais! Me lembra Nova York”, afirma ela, que também lembrou do Ibirapuera como “um lugar para espairecer”.

Apesar de morar na Granja Viana, Osasco (Grande SP), a cantora também declara seu amor pela região do Brás (centro) que afirma amar. “Não consigo ir com frequência, mas adoro fazer compras no bairro, tem ótimos preços e quando estou por lá não deixo de comer um pastel na Casa do Norte”, afirma.

Mais reclusa devido à pandemia, Negra Li afirma que está “cheia de saudades de todos esses locais e contando os dias para estarmos em segurança e poder voltar aproveitar novamente a cidade.”

O apresentador e jornalista Marcelo Tas, 61, apesar de ter nascido em Ituverava, no interior paulista, chegou à capital paulista em 1978, e afirma que “sempre amou passar o sábado nas ruas Florêncio de Abreu (zona sul), e na Santa Efigênia (centro), comprando e batendo papo com quem passa.

“Em São Paulo, a tendência é termos conversas muito objetivas, e a pandemia só acentuou isso. Eu adoro um papo furado”, afirma ele, que revela sentir muita falta do papo furado que ele tinha no açougue, no mercado ou enquanto fazia uma caminhada pela capital.

“Construí uma horta no fundo da minha casa, na zona oeste, e vou até a Vila Maria (zona norte), que já vale uma viagem, até o Sabor da Fazenda para comprar sementes, ferramentas e ficar horas conversando com Ronaldo, que é meu oráculo nesse assunto”, brinca o jornalista, que tem se dedicado a sua horta na pandemia.

Também apaixonado pelas pessoas de São Paulo, o cantor Criolo, 45, diz que sua relação com a cidade continua complexa, assim como quando ele cantava que “não existe amor em SP”. “É uma cidade muito dura, difícil, que exclui”. “E é extremamente desigual”, afirma ele, que ressalta o povo como maravilhoso.

Ao escolher um lugar preferido ele aponta a casa dos pais, no Grajaú (zona sul), bairro onde ele nasceu e foi criado. Lá ele também cita o Pagode da 27, uma roda de samba, nascida na rua Manoel Guilherme dos Reis (conhecida por rua 27), que ocorre há mais de 15 anos. “É onde eu me sinto mais à vontade”, diz o rapper.

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