Celebridades

Woody Allen diz que Timothée Chalamet o acusou para ter mais chances de ganhar Oscar

Cineasta foi acusado de abusar sexualmente da filha adotiva

Woody Allen e Timothée Chalamet - AFP

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São Paulo

O livro de Woody Allen, 84, "Apropos of Nothing", foi lançado na segunda (23) passada nas livrarias americanas e, desde então, tem gerado uma série de polêmicas. Nele, o cineasta diz que o ator Timothée Chalamet, 24, com quem trabalhou no filme "Um Dia de Chuva em Nova York" (2018), o condenou publicamente somente para ter mais chances de ganhar o Oscar naquele ano.

“Estou aprendendo que um bom papel não é o único critério para aceitar um emprego –algo que se tornou muito mais claro para mim nos últimos meses, depois de testemunhar o nascimento de um movimento poderoso com a intenção de acabar com a injustiça, a desigualdade e acima de tudo, o silêncio”, disse Chalamet em 2018, quando concorria ao Oscar de melhor ator pelo filme "Me Chame Pelo Seu Nome", que foi vencido por Gary Oldman.

“Mas o que posso dizer é o seguinte: não quero lucrar com meu trabalho no filme e, para esse fim, doarei meu salário inteiro a três instituições de caridade: Time's Up, o Centro LGBT em Nova York e Rainn [Rede Nacional de Estupro, Abuso e Incesto]", acrescentou o jovem ator. "De qualquer forma, não me arrependi de trabalhar com ele e não estou devolvendo meu dinheiro."

Woody Allen tem sido tratado como pária por Hollywood. Celebridades que antes disputavam papéis em seus filmes agora dizem se arrepender de ter trabalhado com ele. Sua carreira foi descarrilada pela retomada das acusações de que ele molestou a filha, Dylan Farrow, há quase três décadas —acusações que ele nega.

Dylan Farrow, filha adotiva de Allen, e a antiga namorada do cineasta, Mia Farrow, o acusaram de tocá-la indevidamente em 1992, quando a menina tinha sete anos. Investigadores não encontraram provas de abuso sexual.

A família é dividida —Mia Farrow e Ronan Farrow, irmão de Dylan, a apoiam, mas outro de seus irmãos, Moses Farrow, defende o pai. Depois da polêmica, atores como Greta Gerwig, Ellen Page, Evan Rachel Wood, Michael Caine e Colin Firth expressaram remorso por terem trabalhado com Allen.