A cidade de Chicago, nos Estados Unidos, afirmou que vai processar o ator Jussie Smollett, 36, pelas horas extras que a polícia local precisou trabalhar para investigar um suposto crime de ódio que ele afirmou ter sofrido em janeiro deste ano. Ele chegou a ser acusado de falsa comunicação de crime, mas o processo foi arquivado.

A ação movida pela administração municipal de Chicago começou a ser preparada depois que Smollett rejeitou a determinação da cidade para o pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 500 mil), disse Bill McCaffrey, porta-voz do Departamento de Justiça municipal.

“O senhor Smollett se recusou a reembolsar a cidade de Chicago pelo custo das horas extras que a polícia gastou para investigar sua denúncia policial falsa em 29 de janeiro de 2019”, disse McCaffrey. “O Departamento de Justiça agora está esboçando uma queixa civil que será apresentada no tribunal do circuito do condado de Country”.

Smollett, que é negro e gay, causou comoção nas redes sociais ao dizer à polícia no dia 29 de janeiro que dois supostos apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o agrediram, colocaram um laço em seu pescoço e o cobriram de alvejante.

Em fevereiro, no entanto, o ator, conhecido pelo papel de um músico gay no drama de hip-hop “Empire: Fama e Poder”, da Fox Television, foi acusado de forjar o incidente e fazer uma denúncia falsa à polícia.

Na semana passada, procuradores descartaram todas as acusações contra Smollett, enfurecendo a polícia e o prefeito em fim de mandato Rahm Emanuel. Os procuradores disseram que ainda creem nas acusações, mas que o fato de o ator ter aberto mão de uma fiança de US$ 10 mil (R$ 38 mil) foi um desfecho justo.