Jovem desaparecido no Acre volta para casa após cinco meses, diz delegado
Não se sabe ainda onde ele estava ou o que fez no período em que esteve sumido. O delegado disse que o pai de Bruno, o empresário Athos Borges, confirmou por telefone, que o filho reapareceu em casa no início da manhã barbado e descalço.
"Ele me disse que o garoto apareceu barbado e descalço e que antes de chegar em casa procurou um amigo. A gente deve ouvi-lo na próxima semana. O aparecimento dele não gera nenhum efeito no mundo jurídico, porque foi voluntário. Nós vamos só esclarecer alguns fatos, como onde ele esteve todo esse tempo", disse o delegado.
Segundo a polícia, os pais de Bruno decidiram levar o rapaz para outro endereço porque a informação de seu aparecimento fez com que uma multidão se dirigisse até a casa da família. Bruno, que desapareceu no dia 27 de março, deixou em seu quarto uma estátua do filósofo italiano Giordano Bruno, livros e paredes cobertas com manuscritos.
Durante as investigações, a polícia encontrou um contrato registrado em cartório no qual Bruno repassava parte dos lucros sobre a venda de um livro escrito por ele a um primo e a dois amigos.
Eduardo Borges, primo de Bruno, disse ter emprestado R$ 20 mil para que Bruno concluísse a obra, e por isso tinha o contrato. Os dois amigos, o estudante Marcelo Ferreira e o empresário Márcio Gaiote, foram indiciados por falso testemunho. Segundo a polícia, eles ocultaram informações sobre o sumiço de Bruno.
Para o delegado Júnior, o desaparecimento de Bruno era na verdade um plano de marketing para promover sua obra. A família contesta essa versão. “Agora me parece um plano para divulgação porque existiam datas, orientações para a publicação. Agora o que interessa é ouvi-lo e enviar o depoimento dele para dentro dos autos”, disse o delegado.
Segundo ele, o próximo passo será ouvir Bruno, para enfim encerrar o caso.
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