Pela primeira vez, o americano Steven Avery, cuja prisão é retratada na série documental "Making a Murderer" (Netflix), falou com seus apoiadores angariados recentemente, que defendem sua inocência.

"Aos meus apoiadores: quero todos os testes forenses possíveis. Porque sou inocente. Steven Avery", diz um bilhete postado na página do Twitter de Kathleen Zellner, sua nova advogada, nesta sexta-feira (29).

Em 2007, Avery foi condenado à prisão perpétua pelo homicídio da fotógrafa Teresa Hallbach, no Wisconsin, nos Estados Unidos.

Na série, é contemplada a tese de que as provas usadas contra Avery poderiam ter sido armadas pela polícia. São expostas várias irregularidades no processo judicial, que contribuíram para a condenação de Avery.

Steven Avery espera que, com novos testes forenses, consiga comprovar sua inocência e pedir um novo julgamento. Ele já usou essa estratégia antes, quando foi condenado injustamente por estupro. Após 18 anos preso, Avery foi solto em 2003 quando um teste de DNA provou sua inocência do crime sexual.

Espectadores da série chegaram a pedir que Barack Obama perdoasse a prisão de Avery. O presidente dos Estados Unidos, no entanto, não tem esse poder, já que a condenação foi feita em esfera estadual.