Jogo 'Fifa 16' inclui seleções de mulheres e recebe críticas machistas
O jogo "Fifa 16" foi anunciado pela desenvolvedora EA Sports nesta quinta-feira (28) com uma novidade: pela primeira vez, o videogame incluirá as seleções nacionais femininas de futebol.
As seleções disponíveis serão da Alemanha, EUA, França, Suécia, Brasil, Inglaterra, Canadá, Austrália, Espanha, China, Itália e México.
O que poderia parecer incontroverso —mais uma possibilidade de jogo— gerou repercussão na internet, já que muitos receberam a novidade com comentários machistas nas redes sociais.
"É um jogo para homens", "quem é que vai jogar isso?", "rídiculo", "se você jogar com um time feminino você não vai conseguir estacionar o ônibus", "espero que seja realista, com gordinhas que não conseguem pular nem chutar uma bola direito", foram alguns dos comentários.
O episódio foi interpretado como mais um evento do "gamergate", que é um conflito virtual recorrente entre feministas, que buscam o protagonismo das mulheres nos jogos, contra gamers mais tradicionais, que não aceitam que a presença feminina é possível.
David Rutter, vice-presidente da série de jogos, explicou ao "The Guardian" que a EA já estudava incluir mulheres no jogo há alguns anos e aguardava apenas o desenvolvimento de uma tecnologia que permitisse isso, diferenciando os movimentos corporais de mulheres e homens no jogo.
No longo prazo, Rutter espera incluir mulheres em todas as categorias do jogo, inclusive o "Ultimate Team", que não está disponível ainda no "Fifa 16". No curto prazo, suas ambições são mais modestas: ele espera agradar sua filha de oito anos, que gosta muito de jogar futebol e criticava o pai pela ausência de jogadoras na série.
Não é a primeira vez que um jogo inclui seleções femininas de futebol. Algumas franquias menos populares que o "Fifa", como o "Uefa Dream Soccer", já tinham feito isso.
Assista ao trailer do "Fifa 16" abaixo. Uma voz diz: "Não estamos aqui para assistir e ficar paradas. Esse é nosso jogo também".
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