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'O importante é inibir o preconceito', diz campeão de pôquer sobre personagem viciada de 'A Força do Querer'

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Quando a Globo anunciou que sua nova novela das 21h, "A Força do Querer", teria uma personagem viciada em jogos, fãs de pôquer ficaram inquietos. Entre eles, André Akkari, um dos três brasileiros que já venceram o mais importante campeonato do esporte, realizado em Las Vegas todos os anos.

A preocupação teve como motivo a crença de que o pôquer é um jogo de azar, apesar de ter sido reconhecido como um esporte da mente em 2010. O medo de Akkari era que o folhetim pegasse carona no senso comum, trazendo impacto negativo para o pôquer.

Foi então que o campeão e outros membros da CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold'em, nome que se refere a uma modalidade do jogo) resolveram entrar em contato com Gloria Perez, autora da trama, que promoveu um encontro entre Akkari e Lilia Cabral, atriz que vive Silvana, a jogadora compulsiva da novela.

Lília Cabral como Silvana, de 'A Força do Querer'
Lília Cabral como Silvana, de 'A Força do Querer' - Globo/Paulo Belote

Conhecer a atriz foi a oportunidade que Akkari queria para desmistificar o pôquer. "Ficamos muito satisfeitos", disse o campeão ao "F5", explicando que Lilia o tranquilizou ao assegurar que vai "mostrar os dois lados" do jogo, seja na própria novela ou fora dela.

Segundo ele, a ideia é manter contato com a atriz, ajudando-a no que for preciso com sua personagem. "Ela é uma pessoa incrível e o importante é inibir o preconceito gerando informação", disse. Akkari ainda acredita que a conversa com a atriz a deixou "superinformada sobre o pôquer, e talvez isso se reflita nos próximos capítulos".

Mas o problema, de acordo com o jogador, é a dificuldade em fazer um contraponto à compulsão de Silvana, uma questão que ele acredita ser necessário discutir. "Seria perfeito ter algum personagem jogando de forma divertida, como um hobby bacana. Seria muito legal", sugeriu.

"A palavra compulsão é uma coisa triste, e tristeza gera audiência. Mas também é preciso retratar o pôquer como um esporte, mostrando o controle mental, psicológico e matemático dos campeões."

O balanço do folhetim até agora é positivo. "A novela começou com um tom bacana, com certo humor", disse Akkari. "Mas a gente sabe que o jogo vai gerar tragédia na vida da personagem no decorrer da trama", ponderou.




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