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'Quero encontrar o melhor cozinheiro caseiro do Brasil', diz 'Cake Boss' sobre seu novo reality

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Buddy Valastro, o Cake Boss, está de volta ao Brasil. Mas não para a "Batalha dos Confeiteiros" nem para inaugurar sua prometida doceria em Guarulhos.

O motivo da volta de Buddy é um novo reality show culinário, em formato criado por ele mesmo e estreante na Record. Ainda sem nome, o programa será uma disputa entre duplas de amigos ou parentes, que terão de cozinhar pratos caseiros. Estreia dia 28 de junho no canal aberto e 1º de julho na Discovery Home & Health.

Batizado de "Kitchen Wars", o formato pertence à Discovery Networks e à Cake House Media, produtora de Buddy Valastro em parceria com a Endemol. Se fizer sucesso, poderá ser exportado para um dos 220 países em que Buddy está presente — no Brasil, porém, é que ele chegou a gravar versões exclusivas dos programas.

família, família

Não se sabe se foi o carisma, os traços italianos ou a voz dublada pelo mesmo dublador do Bob Esponja que fez Buddy conquistar o coração dos brasileiros. Mas fato é que o cozinheiro norte-americano também se espelha na emotividade e no apego do brasileiro com a família.

"A mesa da minha cozinha tem 22 lugares, é maior do que a da sala de jantar. Tenho quatro filhos, cinco irmãs e quando junta todos os sobrinhos e cunhados somos em 35. E isso é todo domingo!", se diverte.

O apelo emocional é uma das grandes apostas do programa, em que as duplas, formadas por casais, pais e filhos, irmãos ou melhores amigos terão que competir e cozinhar juntas. A dupla vencedora leva R$ 200 mil. É claro que, no processo, muita briga e chororô promete apimentar os episódios.

"Se eu tivesse competindo por R$ 200 mil e minha dupla estragasse tudo, é claro que gritaria com ela. Família é isso, você quer esganar sua irmã, mas no final das contas ela é sua irmã e você a ama", completa o confeiteiro, numa prosódia tão carismática e musical que parece saída de um roteiro de Hollywood. "Estou ficando bom nessa coisa de TV, acho que sou talentoso".

​ 'não sou chef'


Nada de mise-en-scéne, crème patissière, ingredientes chiques ou termos em francês que confundem os participantes do "MasterChef" (Band): o reality novo, que vai ao ar às terças-feiras, no mesmo horário do concorrente, está mais para Dona Benta do que para Alex Atala.

A ideia é fazer comidas caseiras em caráter amador com inspirações nas regiões brasileiras. O próprio Buddy, no que diz respeito a pratos salgados, não se considera um chef. "Não sou chef, sou um bom cozinheiro caseiro", afirma, mas com uma ressalva: "na confeitaria a história é outra: sou um mestre".

Dono de restaurantes em Las Vegas e na Pensilvânia, Buddy prefere mesmo é uma boa comida caseira. Da culinária brasileira, seus favoritos são feijoada, bacalhau, pastel e coxinha —todos esses, aliás, aparecem no reality.

"Quando cozinho em casa, a relação é totalmente diferente. Sinto prazer em fazer uma receita e dar uma colher na boca da minha mulher ou do meu filho para experimentarem. Isso me dá orgulho", se derrete.

"Esse reality é para encontrar o melhor cozinheiro caseiro do Brasil", sentencia ele, que acumula os cargos de apresentador e carrasco. Nos bastidores, Buddy tem um time de 7 jurados que o ajudam a avaliar os pratos. "Mas gosto de mandar. Gosto de ser o chefe", confessa.

estratégia

Além do componente emocional das famílias, outro artifício usado pela Record para enfrentar a concorrência é o dos convidados especiais. Xuxa e Joelma estão entre as participantes da primeira temporada. Sem falsa modéstia, ele alfineta: "tenho pena do 'MasterChef'".

Gravado em duas semanas corridas, o programa terá 12 episódios e uma final ao vivo, para a qual Buddy voltará ao Brasil, como fez com o "Batalha dos Confeiteiros". Entram na competição 26 duplas, cuja metade já será eliminada no primeiro episódio. Treze duplas seguirão na disputa, com eliminação de uma por semana. O patrocinador principal é a rede de supermercados Pão de Açúcar, por meio da bandeira Extra.

Em setembro, Buddy volta a São Paulo para inaugurar sua loja de cannolis e bolos. E o espírito empreendedor não pára: ele ainda pretende introduzir o brigadeiro e outras iguarias brasileiras em sua rede de docerias nos EUA.

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