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'A gente não sabe se faria isso na mesma situação', diz Maitê Proença sobre vilã escravocrata de 'Liberdade, Liberdade'

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Maitê Proença, 58, estreia nesta segunda (11) como a escravocrata Dionísia em "Liberdade, Liberdade".
 
A trama promete gerar polêmica: tia de criação da heroína Joaquina (Andreia Horta), Dionísia entrará em choque com os ideais libertários da sobrinha, especialmente em relação à escravidão. Por trás da atitude de dama respeitável da sociedade, ela tortura e assedia sexualmente seus escravos.
 
“Ela é senhora desses escravos, a dona da casa, e ela trata os escravos como peças, não como pessoas. Esse é um dos embates que ela vai ter com a sobrinha, que considera que aquelas pessoas são, de fato, pessoas. Na maneira de enxergar dela, são peças que ela comprou e com as quais ela faz o que bem entende”, contou Maitê ao "F5".
 
A atriz conta seu segredo para interpretar uma personagem tão controversa: usar o pensamento de Dionísia e da época em que ela viveu, sem contestações.
 
“Quando a gente é casado, é obrigado a engolir um monte de coisa que não quer, ou então, a relação não é possível. Os filhos fazem coisas que a gente não aprova, mas você continua amando essas pessoas. Assim são as relações humanas. Da mesma forma, não se pode fazer um personagem dizendo que não faria isso. Você não sabe se faria isso na mesma situação. Já que a gente não sabe, aceite que possa ser assim. Aceitação completa daquilo, pega e se joga”.
 

Protagonista da primeira cena de nudez em uma novela do horário nobre, em "Dona Beija" (1986), Maitê acredita que há uma vulgarização da nudez nas novelas atuais.

 
Para ela, os folhetins atuais têm abusado do recurso como uma forma de atrair audiência.
 
“Houve abusos. O público não gosta de abusos por que sente que está sendo usado, tipo ‘ah, eles acham que eu sou bobinho e por causa desse peito vão me pegar para audiência’. De fato aconteceu muito disso, uma vulgarização no uso da nudez. Acho que é bom fazer quando é necessário, que aquilo realmente vai contribuir com a cena, para contar a história e quando não é só um mecanismo de caçar público”, opina.
 
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