Televisão

'O mundo é assustador para ela', diz Deborah Evelyn sobre sequestrada em novela

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A fuga de Kiki (Deborah Evelyn) do cativeiro vai movimentar os próximos capítulos de "A Regra do Jogo".

A filha de Gibson (José de Abreu), sequestrada há 15 anos a mando do próprio pai por descobrir que ele era o chefe da Facção, escapa de Zé Maria (Tony Ramos) depois que o bandido a afastar da filha do casal, Aninha (Letícia Braga). Seu retorno à sociedade e a família que a julgava morta vai mexer com os segredos e com as tramas dos outros personagens.

"Várias coisas são reveladas quando ela entra e a sensação que eu tenho é que a novela entrou em outro ritmo. Não só por causa dela, mas outras histórias que entraram em outro ritmo, impulsionadas pela rapidez que essa história foi tomando, quando foi revelado o pai. Se o Gibson fosse só o chefe da facção, já seria horrível, mas o que ele faz com a filha é monstruoso", diz Deborah Evelyn em entrevista ao "F5".

Uma vez livre, a primeira pessoa que Kiki irá procurar é o ex-marido, Romero (Alexandre Nero), a quem pedirá ajuda para desmascarar Gibson. Mas a verdadeira natureza do ex-vereador vem à tona quando ele vai ao encontro dela em um quarto de hotel acompanhado de Gibson, Zé Maria e outros três capangas da Facção. Além das verdades e reencontros, Kiki ainda terá que se adaptar à vida fora do cativeiro.

"O mundo lá fora vira assustador para ela. Há quinze anos que ela não anda de ônibus, não vê a casa dos pais, não vê a irmã. É tudo muito assustador. Não são quinze anos por que tá ali na Europa viajando ou por vontade própria. São quinze anos sendo encarcerada. Não é opcional", explica a atriz.


A atriz classifica Kiki como uma das personagens mais complexas de sua carreira, principalmente por lidar com um assunto que nunca havia sido discutido antes em novelas, a Síndrome de Estocolmo, em que a vítima se identifica com o captor e não consegue fugir dele.

"É um estado psicológico em que a pessoa não consegue se separar daquele algoz que, ao mesmo tempo, é a única pessoa que dá comida para essa pessoa, o mínimo de carinho. É um processo inconsciente, mas que você pensa que é melhor ser boazinha com esse cara por que ele vai ser bonzinho comigo. Tudo inconsciente", descreve.

No caso de Kiki, o período no cativeiro fez surgir um relacionamento com Zé Maria, que resultou em uma filha. A relação dos dois ficará abalada depois que o bandido tirar a filha de perto da mãe, porém a falsa morte de Zé Maria pode voltar a mexer com os sentimentos de Kiki.

"Essa coisa da síndrome de Estocolmo é muito complexa. Agora que ele vem com essa história de sequestrar a filha, ela fica com uma raiva verdadeira por que a menina é a razão de viver dela. A partir do momento em que ele aceitou aquela ordem do pai dela, ele sabia que estava separando-os para sempre, sem volta. Mas ele também tem uma reviravolta e, quando ela acha que ele morreu, ela fica também verdadeiramente desesperada. Isso é que é muito interessante na Kiki e em vários personagens do João. Eles não são preto e branco. É muito complexo", elogia.

"O ser humano é complexo, contraditório e a Kiki é muito assim em relação ao Zé Maria. Agora tô gravando um momento em que ela tá com muita raiva dele, por que ele foi cúmplice em tirar a filha dela, mas é ainda totalmente 'mixed feelings'. Não é equilibrado, não dá para ser uma pessoa equilibrada nesses casos", pondera.

A cena da fuga de Kiki vai ao ar no capítulo desta segunda-feira (11).

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias