O "Encontro com Fátima Bernardes" abordou, nesta segunda-feira (10), a cantada como um dos assuntos a serem debatidos por seus convidados.

A apresentadora começou perguntando para as atrizes Marjorie Estiano e Mariana Ximenes se elas gostavam de serem abordadas na rua.

Após se olharem, Marjorie foi a primeira a comentar: "Tem algumas que são agressivas, invasivas, ofensivas, aí não é legal".

Fátima perguntou se um gracejo era "ok": "O humor da rua eu gosto", afirmou a atriz.

Na sequência foi exibido o vídeo de uma atriz que andou por Nova York e recebeu mais de cem cantadas. Ele se tornou viral rapidamente e gerou diversos debates.

O programa convidou uma atriz para repetir a ação no Rio de Janeiro, mas circulando por menos tempo. No estúdio a moça, pernambucana, afirmou que cariocas falam menos com mulheres na rua do que seus conterrâneos. Mas ela afirmou que uma vez ouviu uma frase ofensiva de um trabalhor e berrou com rapaz: "Não foi uma cantada foi agressão".

Foi quando a psicóloga Viviane Mosé defendeu a cantada: "Algumas pessoas são mais agressivas e invasivas, mas no geral a cantada tem uma coisa charmosa no Brasil".

Contando com Bruno e Marrone também como convidados, o uso de "roupa provocante" foi abordado pela dupla: "Tem mulher que provoca, né?".

"Qual o problema da roupa?", interferiu Fátima. "A roupa que a mulher está usando não justifica atitudes mais agressivas", ponderou Mosé.

Marjorie completou: "Não precisa nem falar, às vezes o jeito que o cara olha já é agressivo".

A psicóloga lembrou movimentos feministas que defendem uma lei que proíba os homens de "mexerem" com as mulheres. "Eu não acho que esse movimento está certo, sou contra uma lei que proíba as pessoas de mexerem umas com as outras. E emendou: "A rua é lugar do erótico".

HISTÓRICO

Essa não é a primeira vez que o assunto é abordado no programa.

Fátima já levou ao seu palco a estudante carioca que foi filmada ao reagir a uma cantada de um porteiro no meio da rua. A cena foi filmada e publicada na internet e levantou diversas polêmicas na época.

Outra convidada, a professora Fernanda la Ruina, que denunciou uma agressão sofrida em seu perfil no Facebook. O depoimento teve mais de 3.000 compartilhamentos e 6.400 "curtidas".

No programa, ela contou seu caso e como conseguiu, com a ajuda de um desconhecido, reconhecer seu agressor e levá-lo para a delegacia.