Drica Moraes diz que está pronta para ser odiada como vilã de 'Império'
Nova integrante do rol de megeras de Aguinaldo Silva —do qual já fazem parte Nazaré Tedesco (Renata Sorrah) de "Senhora do Destino" (2004) e Tereza Cristina (Christiane Torloni) de "Fina Estampa" (2011)— Drica Moraes, 44, está pronta para ser odiada na pele da Cora de "Império", nova novela das 21h da Globo.
Invejosa e rancorosa, Cora (também interpretada por Marjorie Estiano na primeira fase) faz de tudo para atrapalhar a vida da irmã, Eliane (Vanessa Giácomo/Malu Galli), inclusive separá-la de seu grande amor, José Alfredo (Chay Suede/Alexandre Nero).
"Essa relação de dependência afetiva com a irmã dá uma sensação de perigo. Não sei qual é a doença dela, se é psicopatia, não estudei nada disso. Ela tem o que todos nós temos, que é a luta pela sobrevivência", observou a atriz.
Na segunda fase da trama, Cora continuará importunando Eliane, que, a essa altura, está morrendo de câncer no pulmão. A malvada chega a torturar psicologicamente a irmã em seu leito de morte.
Para Drica Moraes, que sobreviveu a uma leucemia em 2010, a cena foi mais comovente pelo texto em si do que pela sua experiência da vida real com a doença.
"Estava na minha bagagem, eu acessei esse lugar. A situação é totalmente diversa, não era eu, era o personagem, não tinha nada a ver com isso. Fiquei mexida pela qualidade e intensidade da cena. Não pela questão de ser ou não câncer, mas pela questão de estar manipulando uma pessoa doente até a morte. Isso era bastante forte, mas poderia ser qualquer outra doença. Mas, com certeza, me ajudou ter me colocado em outro lado", disse.
Outra característica marcante de Cora é seu lado beata, uma inspiração direta em outra vilã de peso, a Perpétua (Joana Fomm) de "Tieta" (1989). Sobre as possíveis críticas de grupos religiosos à personagem, Drica disse estar ciente de que Cora pode despertar respostas negativas ou positivas e caracteriza a personagem como "ame-a ou deixe-a".
Por outro lado, a simpatia do público pelos últimos vilões das novelas das 21h deixa a atriz otimista quanto à receptividade à sua malvada.
"Acho que as pessoas tem exercido mais seus lados, até seus lados maus. Essa coisa idealizada do ser humano perfeito já foi por água abaixo", avaliou. "Os vilões são mais reconhecíveis, você se projeta, você se vê. Não nesse grau psicopata dessa mulher, mas acho que ela pode ser bem recebida."
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