'Odeio dar entrevista', diz William Bonner ao ganhar prêmio de jornalismo da Globo
William Bonner foi vencedor da categoria jornalismo do prêmio "Melhores do Ano", do "Domingão do Faustão" (Globo).
Bonner, editor-chefe e âncora do "Jornal Nacional", foi indicado cinco vezes ao prêmio, mas só havia ganho uma vez.
O jornalista disse não gostar de estar do outro lado.
"Odeio dar entrevista, estou abrindo uma exceção hoje porque é dia de festa", disse ele ao "F5", durante o evento de premiação.
"A maior alegria de ser indicado a esse prêmio é que somos votados pelos colegas. E fico muito feliz de ser reconhecido pelos meus próprios colegas de trabalho", agradeceu ele, que disputou o prêmio com sua colega de bancada, Patrícia Poeta, e Renata Vasconcellos.
Bonner, que afirma trabalhar 12 horas por dia, diz que os filhos trigêmeos compreendem a rotina.
"Eles não sabem o que é não ser filho de quem trabalha na TV. Eles cresceram vendo nossa responsabilidade e têm consciência disso. Faço questão de levá-los à escola todos os dias e tentar ter um diálogo. O difícil é ter algum diálogo com adolescentes às 6h da manhã", riu o jornalista.
Bonner apoiou a atitude da mulher, Fátima Bernardes, de estrelar uma campanha comercial. Ele explicou que a mulher estudou muito a proposta antes de aceitar, e que ele próprio, por causa do cargo, não poderia fazer o mesmo.
"Meu contrato impede que eu faça comerciais. Como jornalista, a gente lida com isenção, que é inerente ao nosso trabalho. Por isso, acho que não faz muito sentido, no desempenho da função jornalística, associar minha imagem e meu nome a qualquer produto, mesmo que eu consuma", explicou.
"É diferente da situação da Fátima, que agora está como apresentadora de entretenimento. Antes de ela concordar em fazer a campanha publicitária, eu testemunhei que houve uma longa negociação, exatamente porque ela não queria fazer qualquer coisa, ela queria fazer uma coisa em que acreditava.
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