Juliana Paiva, 20, fez um balanço das dez primeiras semanas de "Além do Horizonte", que ela protagoniza na Rede Globo.

A trama, que explora o etéreo conceito de busca da felicidade, sofreu rejeição do público e começou com o nada honroso título de pior audiência da faixa das 19h de todos os tempos.

Juliana falou com o "F5" por telefone, do Projac (complexo de estúdios da Globo), no Rio. A atriz atribui o baixo desempenho no ibope a uma combinação de fatores, que inclui a estreia em pleno horário de verão e a complexidade da trama.

"A questão da audiência a gente entendeu que foi o momento mesmo", afirma a intérprete da mocinha Lili.

"A temática da novela [também] foi uma nova proposta. Como qualquer novidade, causa um estranhamento no início. A gente sabia que era uma nova aposta. E qualquer aposta envolve riscos."

Juliana Paiva, no entanto, diz que os baixos índices não afetaram o trabalho do elenco. "Pelo contrário, a gente continuou fazendo o melhor. Mas é muito bom que o telespectador começou a se envolver com a história."

"Acredito que as pessoas começaram a entender melhor a trama, e a trama a se adequar mais ao público. Houve uma coisa das duas partes. Eu acredito que seja normal", avalia.

MOCINHA

Apesar de viver a protagonista da história, a atriz afirma que não sofreu maior cobrança por isso.

"Todo personagem exige muito de mim e eu não posso decepcionar. A protagonista tem mais peso no sentido de texto, mas eu divido a responsabilidade com um time. É um jogando a bola para o outro para a gente marcar o gol. E o gol é de todo mundo."

Na vida real, Juliana diz acreditar que a busca pela felicidade, principal tema de "Além do Horizonte", está nas pequenas alegrias cotidianas.

"Acho que tem coisas básicas para ter um dia feliz e que, por conta da correria, às vezes, você esquece, como dar um bom dia olhando no olho da pessoa", conta. "Acho que isso acomoda as energias que a gente acumula. Eu acredito muito nisso. E procuro agradecer sempre, eu agradeço por tudo o que acontece comigo."

Sobre os rumos de Lili –que fugiu de casa para encontrar o pai numa comunidade isolada–, ela contou que a personagem ainda permanecerá no local por um bom tempo.

"A Lili achava que, quando encontrasse esse pai, ia encontrar uma paz. E não foi isso que aconteceu", diz. "Ela esperava um pai que se desculpasse pelos erros, que estivesse arrependido. Só que ele é quem questiona que se ela foi até lá para ser feliz também, deveria entendê-lo."

"Tem bastante coisa ainda para resolver", adianta a intérprete. "Agora, ela quer entender melhor esse pai. Vai ficar lá [na comunidade] para tentar entender se ele está por trás das armações que acontecem no lugar."

LILI X FATINHA

Juliana Paiva comentou ainda sobre a cobrança dos fãs jovens após viver a periguete Fatinha, que se tornou um dos maiores sucessos recentes da novelinha "Malhação".

"A Fatinha caiu nas graças do público. Quando veio a Lili, os fãs ainda estavam na expectativa de ver a Fatinha ali. Não tem nada dela", compara.

"Esse é o desafio, fazer uma personagem diferente a cada projeto. A temperatura é completamente diferente. Mas eles agora embarcaram na trama de 'Além do Horizonte'", diz.

"Eu não posso escolher uma [personagem] preferida. Cada uma é um novo desafio. Eu sou movida a desafios e o novo me atrai muito. Eu sei que a Fatinha teve um peso importante na minha carreira e na minha vida, mas isso não vai se apagar por causa da Lili", conclui.