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Caloteira de "Amor à Vida" vira gíria no subúrbio do Rio

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"Não vá dar uma de Gigi." É com esta frase que comerciantes e prestadores de serviços no subúrbio do Rio alertam seus clientes para um possível calote.

Pelo menos é o que a atriz Françoise Forton, que interpreta Gigi em "Amor à Vida" (Globo), tem ouvido pelas ruas da capital fluminense.

"As pessoas riem com ela, o público se diverte", disse a atriz para o "F5". "No subúrbio, usam um pouco essa coisa de 'dar uma de Gigi'. Acho bem legal."

A personagem do folhetim de Walcyr Carrasco não consegue deixar o padrão de vida luxuoso com o qual cresceu, mesmo após ter perdido todo seu patrimônio. Para continuar com a vida glamourosa, pega dinheiro emprestado, mas nunca paga de volta, já que não trabalha.

Gigi não é vista como uma vilã na novela das 21h da Globo, pois sua "alergia à pobreza" aparece em tom cômico na trama.

Françoise contou que quando circula pelo Rio, ouve frases como: "E aí nossa rainha das quentinhas" e "bota aquele filho para trabalhar". Já as mulheres, em especial, dizem: "Tira a grana do Atílio [Luis Melo, que interpreta seu ex-marido]".


Atílio era a fonte do dinheiro que mantinha a personagem, seu filho e sua neta até desaparecer após perder a memória. Gigi, então, teve que vender quentinhas para ter seu sustento garantido.

"A Gigi gosta dele, mas claro que tem interesse. O Atílio é a pessoa mais gentil com ela, entende que ela é assim e sabe que não é uma pessoa do mal.. Mas trabalhar e mudar de patamar não estão na cabeça da Gigi."

Este talvez seja um dos pontos que mais distinguem Gigi de Françoise, que além de ter começado a trabalhar ainda criança, foi responsável pelo sustento de sua família.

"Eu trabalho desde os 8 anos de idade, e muito. Tenho o pé no chão, sou bem diferente, sou muito real."

A atriz começou a fazer teatro ainda pequena e um de seus primeiros trabalhos na TV foi na Globo em 1976. Em "Estúpido Cupido", escrito por Mário Prata e dirigido por Régis Cardoso, interpretou Maria Teresa, a Tetê, uma jovem mulher que se dividia entre o amor de João (Ricardo Blat) e o sonho de tornar-se miss Brasil.

A novela, que foi uma das últimas em preto e branco na emissora, será tema de um musical homônimo para comemorar os 45 anos de carreira de Françoise, sem data de estreia.

Enquanto isso, ela atua em um outro musical, "Nós Sempre Teremos Paris", de Artur Xexéo e com direção de Jacqueline Laurence no Teatro Leblon. Em novembro o espetáculo irá para Campinas (SP).

Gigi marca o retorno de Françoise Fourton à Globo após 10 anos. O convite foi de Mauro Mendonça Filho, diretor-geral de "Amor à Vida ".

"Fiquei super feliz de ter voltado com uma equipe maravilhosa. Estou muito feliz por estar em casa de novo", disse ela, que passou por novelas no SBT e na Record.

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