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Afilhada com síndrome de Down foi motivação para Marien vencer prova do "BBB13", diz mãe

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"Ela foi muito brava, foi guerreira", se orgulha Carlos Carretero, o pai de Marien.

Após quase quinze horas de prova de resistência, Marien venceu e se consagrou a nova líder do "BBB13".

Para Fátima Carretero, a mãe de Marien, a principal motivação da filha foi a sobrinha e afilhada Marisol, de nove anos, que tem síndrome de Down.

"Tudo o que a Marien faz é pela Marisol. Os tratamentos são muito caros e nossa família não pode pagar tudo. Cada dinheirinho que ela ganha, ela ajuda a Marisol. Percebi ela falando bem baixinho no começo da prova 'Marisol, a vitória é sua'. Fiquei muito emocionada", conta Fátima.


Marisol é filha de Aixa, a irmã de Marien, que também é bailarina de flamenco. O pai de Marisol é falecido. "Ela tem que fazer fonoaudióloga, que custa muito caro, e já passou por duas cirurgias no coração", explica a avó. "O carro que Marien ganhou também vai ajudar bastante", comemora. "Acho que esse programa veio para ajudar nossa família!"

Marisol já fez uma participação na novela "Páginas da Vida", na Globo. "Ela estava bem naquela época, agora ela parou de falar, não sabemos porquê. Mas quando ela vê a Marien fica toda alegre, sorri e abraça a madrinha", conta Fátima.

Já o pai de Marien acredita que a filha ganhou forças depois que entrou para valer no jogo. "Ela achou que estava no meio de amigos. Agora ela se deu conta que é um jogo, que tem amigos e inimigos", analisa.

"Ela lutou muito para conquistar essa liderança e se esforçou principalmente para superar a autoestima dela, que estava abalada", acredita Carlos. "Ela tem muita força de vontade. Não é fraca, não".

Para o pai de Marien, foi Eliéser quem abriu os olhos da filha para a disputa. "Ela achou que era um presente de grego, não gostou, mas ele fez isso com boas intenções. Ele quis mostrar que gosta dela", explica Carlos, que, no entanto, não acha que a amizade entre Marien e Eliéser pode virar namoro. "Acho que não. Pelo que a conheço vão ser bons amigos e mais nada".

"Na hora eu quis pular no pescoço dele!", conta Fátima. "Mas depois ele se explicou e eu entendi que ele gosta dela e fez isso para ajudá-la".

Marien, que tem 25 anos, costuma ter relacionamentos duradouros. Segundo a mãe, ela teve dois namorados firmes, um por três anos e outro por cinco anos.

Os pais não imaginam quem Marien poderá indicar para o paredão. Mas confiam na intuição da filha para o jogo. "Agora ela mostrou o sangue espanhol!", comemoram.

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