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"Quero que as mulheres me batam na rua", diz Nando Cunha, o Pescoço de "Salve Jorge"

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Na pele do mulherengo "Pescoço" de "Salve Jorge" (Globo), Nando Cunha, 45, está satisfeito com o retorno do público sobre seu personagem. Apesar de ser chamado nas ruas de "tarado do Alemão", o ator afirma que o retorno do público é a comprovação de que está conseguindo trazer realidade para seu papel.

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"O Pescoço não é tarado, é mulherengo", defende. "Ele é a personificação de todo homem, pois mesmo o cara mais certinho, ainda que não traia, pensa e olha para outras mulheres. A diferença é que o Pescoço é descarado", diz.

Caracterizar o apaixonado por mulheres não foi tarefa difícil para o artista. Antes de se casar, no início deste ano, o ex-morador da Penha - bairro da zona norte carioca - já tinha fama de "atirador", pois flertava com todas as saias que passassem na sua frente.

"Minha mulher ficou um pouco desconfiada com essa minha fama, mas depois viu que não era nada disso. Casamos e temos um filho lindo, de 4 meses". A confiança da esposa Flávia também abrange o trabalho em frente às câmeras. "Ela entende, quando chega o roteiro, discutimos juntos. E, quando não reclamam comigo na rua sobre o Pescoço, reclamam com ela: 'você tem que dar na cara dele!'", ri.


NA TELINHA

Nos próximos capítulos da trama, Pescoço vai se dar muito mal com suas puladas de cerca. Sua mulher, Delzuite (Solange Badim), vai pegá-lo no maior amasso com Maria Vanubia (Roberta Rodrigues) e, desconsolada, vai colocá-lo para fora do barraco.

"Quando eu soube que ele seria pego, quase tive um troço! 'Mas, já?", disse o ator, que acredita que o ex-presidiário ame a esposa de verdade apesar das molecagens.

O perigo maior para Pescoço, porém, ainda pode estar por vir. O ex-namorado de Vanúbia, preso por Theo (Rodrigo Lombardi) durante a operação de pacificação da favela, logo deve reaparecer na comunidade. "Ele vai voltar, só não sei quando e como. Namorar a mulher do chefe do tráfico é morte", disse.

Enquanto isso, Nando vai se divertindo com as lembranças da infância e adolescência que são impulsionadas pela remontagem do Morro do Alemão da cidade cenográfica. "As vielas são pequenininhas, as lajes são iguais, dá para fazer churrasco em cima delas", disse, nostálgico.

BERLINDA

Com 18 anos de carreira, Nando conta que já pensou algumas vezes em desistir da profissão para se dedicar a algo "que dê dinheiro". Ele lembra de uma das muitas vezes em que ficou desempregado e chegou ao que ele pensava ser o limite da persistência.

Na ocasião, Nando tinha gravado o curta "O homem" (2006) em Brasília e não contava com outro projeto à vista. Decidiu viajar por conta própria para Recife (PE ) e participar do festival no qual o filme ia concorrer. Ao chegar, perdeu a carteira com todos os documentos, no que, segundo ele, parecia mais um sinal de má sorte. "O que mais me falta acontecer?", se perguntou.

Foi quando à noite, para sua surpresa, venceu o prêmio de melhor ator de curta metragem e ganhou fôlego para continuar. "O ator negro é muito rotulado. É difícil escreverem um papel para a gente sem levar a cor em consideração", desabafa.

Do festival, voltou ao Rio com um convite para gravar os dois episódios finais de "A Diarista", foi escalado para "Desejo Proibido" (2007), depois "Araguaia" (2010), Dalva e Herivelto (2010) e não parou mais. Hoje, o ator, que não tem contrato fixo com a Rede Globo, diz que continuará na luta pela carreira que escolheu.

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