Poucas horas depois do fim do conclave, um site de vendas pela internet da Argentina lançou a venda de camisetas, canecas e chaveiros com a imagem do cardeal Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco.

No Vaticano, já podem ser encontrados rosários e outros suvenires com a imagem do papa Francisco.

"Habemus papam" ("temos papa", em português), "Papa Francisco", "Bem-vindo" e "O papa é argentino", são algumas das inscrições impressas nas camisetas à venda pela internet e que já incluem a foto de Bergoglio.

Opções mais baratas incluem canecas com a foto da fumaça branca que indica a eleição de um novo papa, ou a frase "as mãos de Deus são argentinas" sobre a bandeira do país, em referência à frase de Maradona depois do polêmico gol contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986.

É possível também levar o papa no bolso em um dos chaveiros com a imagem de Francisco e a bandeira argentina.

PERFIL

Bergoglio nasceu na capital argentina e, depois de cursar o seminário no bairro Villa Devoto, entrou para a Companhia de Jesus aos 19 anos, em 1958. Foi ordenado padre pelos jesuítas um ano depois, quando estudava teologia e filosofia na Faculdade de San Miguel.

De 1973 a 1979, ele foi provinciano pela Argentina e, a partir de 1980, reitor da faculdade de San Miguel --cargo que ocupou por seis anos. O papa obteve o título de doutor na Alemanha.

Foi nomeado bispo em 1992 e elevado a arcebispo em 1997, passando a chefiar a arquidiocese de Buenos Aires desde então. O argentino ingressou no Colégio de Cardeais em 2001.

Na Santa Sé, participava de diversos órgãos: era membro da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, da Congregação para o Clero e da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e das Sociedades da Vida Apostólica, além do Conselho Pontifício para a Família e da Comissão Pontifícia para a a América Latina.

Ele era considerado "papável" desde o conclave que elegeu o alemão Bento 16 para suceder o polonês João Paulo 2º, em 2005. Com a renúncia do primeiro, o nome do arcebispo de Buenos Aires voltou a ficar entre os mais cotados ao posto de papa.

Em 2010, quando a modalidade foi permitida pela legislação argentina, o então arcebispo de Buenos Aires --que já disse que a adoção de uma criança por um casal gay é uma forma de discriminação ao jovem-- entrou em confronto com o governo de Cristina Kirchner. A presidente argentina, por sua vez, replicou dizendo que a posição da Igreja evocava a época medieval.