Factoides

A chorumeria gourmet está bombando

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Se você está lendo este texto, é porque o ditador Kimzinho da Coreia do Norte ainda não mandou o planeta pelos ares. Por um lado, isso é bom, porque o mundo ser destruído por um gordinho fã do Mickey --e com a maior cara de quem sofria bullying e pagava lanche pros coleguinhas em todo recreio no colégio suíço-- seria patético demais (patético, Pateta, iac iac. Pescaram a sutileza?).

Crédito: AFP Perspectiva artística de Kim Jong Un com orelhas de Mickey e lancheira
Perspectiva artística de Kim Jong Un com orelhas de Mickey e lancheira

Por outro lado, isso é chato porque me impede de aproveitar o fim do mundo pra emplacar no "F5" manchetes do tipo A COREIA DO NORTE ESTÁ BOMBANDO. Paciência: you can't always get what you want, como diz a página de erro do site dos Rolling Stones (é sério, podem ir lá conferir).

Dito isso, é um prazer estar com vocês aqui no "F5" --semanalmente, diz a chefe, mas sei lá se ela não desiste logo depois deste primeiro texto. O adversário é forte, é um grande time, mas prometo seguir as orientações do professor e dar tudo de si --não, pera, deixa eu desligar o modo boleiro.

A ideia desta coluna é entreter vocês fazendo basicamente o que as pessoas fazem no Twitter, que é reclamar da vida, do universo e de tudo o mais --só que com mais espaço e, espero, mais mau humor do que vocês todos juntos. Pratos fora do cardápio habitual do "F5", como essa Coreia do Norte, também terão espaço desde que rendam piadas no mínimo razoáveis.

Pensei também em falar mal de "Salve Jorge", mas vocês já fazem isso muito bem, e pra falar mal eu seria obrigado a assistir à novela --não é como "Avenida Brasil", que era narrada em tempo real no Twitter. Quem sabe se eu negociar adicional de insalubridade com a chefe.

Há quem diga que a internet é fonte inesgotável de chorume. Se é assim, ou a gente aproveita a oportunidade de negócios e abre uma chorumeria gourmet (bombaria não na Coreia, mas em SP mesmo --parece até que já existem algumas, que ainda não se assumiram) ou deixa de ser tão radical e se diverte um pouco com o que ela tem para oferecer --sempre estive mais inclinado à segunda opção, até porque o máximo de chorume que tolero é o café de máquina da firma (favor pronunciar "firma" com o erre do interior paulista).

Afinal, subcelebridades são gente como a gente, apenas com um BBB, assessores e alguns milhares na conta a mais; se você não tem nada disso, pode pelo menos rir deles entre uma dívida e outra. Sigam-me os bons!


RUY GOIABA é jornalista, fruta e são-paulino, não necessariamente nessa ordem, porém hétero (sem felicianices, pelo amor de Deus). É fluente em djavanês, mas não exerce. Fez parte da formação original do Menudo (Charlie, Ricky, Robby, Ray, Roy e Ruy); daí por diante, tudo foi anticlímax.

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