Antes de começar a coluna desta semana vale lembrar que a lista a seguir é fruto de observação pessoal. Não existe um "medidor" de simpatia, de forma que a lista foi feita baseada na experiência pessoal deste colunista, que nos últimos 17 anos trabalhou e frequentou a área de TV.

Parece incrível, mas, embora dependam da imprensa para divulgar e avaliar seus trabalhos, boa parte dos artistas é absolutamente arredia a ela --isso quando não grosseira. Veja lista de atores que não "fogem", respeitam e são (quase) sempre simpáticos com a imprensa. Atenção: não é uma ranking. A lista é feita por ordem alfabética:

Antonio Calloni - A despeito de ser um dos atores mais talentosos do país, Calloni tem o hábito inclusive de ligar a jornalistas para agradecer elogios --e, pasmem, também críticas. O Mustafá da novela "Salve Jorge" (Globo) é um profissional amável e acessível, como parte de seus personagens. Vale dizer que sua simpatia, paciência e acessibilidade com fãs também é algo elogiável. Sempre tem tempo para um autógrafo ou uma foto com eles.

Eriberto Leão - Desde o início de sua carreira (ele explodiu como o alienígena João, em "O Amor Está no Ar", em 1997) demonstra não só simpatia, mas também uma enorme modéstia. Enfrenta críticas com calma e jamais tira satisfações com os críticos. Eriberto atualmente interpreta Ulisses, no remake de "Guerra dos Sexos" (Globo).

Fábio Assunção - Embora seja um dos atores mais assediados do país, costuma ser sempre gentil e acessível com a imprensa, mesmo que, muitas vezes, durante a carreira, alguns de seus assessores não o tenham sido. Afastado para tratamento de saúde, Fábio voltou à TV em "Tapas & Beijos" (Globo). Também pode ser visto no teatro em São Paulo na ótima comédia dramática "Adultérios".

Juan Alba - Outro ator que parece ter o próprio tamanho (mais de 1,90 m) em simpatia e modéstia. Alba não só não tem medo de jornalistas como ainda se apresenta a eles, quando não os conhece pessoalmente. Além de ator, também é um talentoso cantor. Estará no ar em breve na Record, no remake de "Dona Xepa", onde deverá ter um caso com Thaís Fersoza. Ai, se o Michel Teló te pega.

Lázaro Ramos - Diferentemente de muitos de seus pares que saíram do escuro do teatro para o brilho da TV, Lázaro não se deixou embasbacar pela fama e tampouco mudou seu jeito. Quem o conhecia não se espantou ao ver que, mesmo após a fama nacional, continuou a ser tão simpático e simples quando encenava peças como "Zumbi" (1995) e "Ópera de 3 Reais" (1998).

Milhem Cortaz - Dessa lista, é talvez o mais passional. Embora seja simpático, acessível e quase sempre um gozador (em público), dono de um enorme sorriso, Cortaz ainda fica magoado com críticas, e ainda costuma reagir a elas. No ano passado, quando brilhou como o canalha Osmar, no longa "Boca" (com Daniel Oliveira), foi alvo de um grande cabo de guerra entre Globo e Record. Quem ganhou foi esta última.

Rodrigo Santoro - Muita gente duvida, mas o ator brasileiro mais sucedido no exterior pode ser entrevistado com facilidade. Isso quando não é encontrado tomando uma cervejinha em qualquer boteco do Rio com um de seus melhores amigos, Eriberto Leão. Santoro tem desenvolvido uma espécie de "nirvana" com a imprensa desde os anos 1990, quando namorou Luana Piovani. Está explicado?

Tarcísio Meira - Sua simpatia durante as festas de lançamento de novelas na Globo se tornou lendária. Ao contrário da patroa, Gloria, que é um tanto arisca e desconfiada com jornalistas, Tarcísio Magalhães Sobrinho (seu nome verdadeiro) nunca tira o sorriso do rosto, olha a todos nos olhos e não se importa de responder a qualquer tipo de pergunta (inclusive aquelas que a arisca patroa não quer). Tarcísio, 77, anda meio sumido da TV desde o ano passado. Não tem problema. Com sua lista de serviços prestados à dramaturgia, a Globo tem mais é que dar folga a seu maior "medalhão".

Tony Ramos - Ok, eu disse que esta lista não era um ranking, mas seria muito injusto não informar que, se fosse, Tony Ramos certamente ficaria em seu topo. Aliás, merecidamente ao lado de sua eterna mulher, Lidiane, com quem está casado há mais de 40 anos. Ramos é o tipo de ator que dá entrevista com gripe e 40 graus de febre, e ainda assim pede desculpas por estar fanho. Uma pessoa realmente adorável. Atualmente, interpreta o papel que foi de Paulo Autran, em "Guerra dos Sexos".

Wagner Moura - Embora não goste nada de falsos repórteres como os do humorístico "Pânico", Moura é extremamente calmo e gentil com jornalistas reais, de modo geral. Mesmo quando é ofendido ou ironizado por um deles, como ocorreu numa coletiva em São Paulo cerca de três anos atrás. Atualmente pode ser visto no longa brasileiro dramático "A Busca".

CHEGA DE LISTINHA...

Sim, leitores, temos mais algumas notinhas hoje.

IDEIA FIXA

Um nome que tem sido constantemente lembrado para convite em quase todas as reuniões de pauta de "Encontro com Fátima", da Globo, é o da eterna rainha Xuxa. Até hoje, porém, ninguém do programa matinal ainda procurou a loira.

MAGOOU?

Pela primeira vez em muitos anos, quem convive com o missionário R.R. Soares diz que, neste ano, pela primeira vez, ele realmente se abateu ao saber que a Band só vai renovar seu contrato se ele aceitar em pagar ao menos 25% a mais pela hora que dispõe diariamente em horário nobre. Hoje, Soares e sua Igreja Internacional da Graça pagam quase R$ 8 milhões à Band. A emissora quer aumentar isso para R$ 10 milhões pelos próximos 12 meses. Caso contrário ameaça tirá-lo da grade de programação. A Band é a única fonte de fiéis da igreja de Soares hoje, que sofre enorme concorrência da Mundial de Valdemiro Santiago.

SEM MEDO

Depois de enfrentar uma "batalha" com Silas Malafaia, no SBT, a produção de Marília Gabriela também andou procurando o deputado e pastor Marcos Feliciano para uma entrevista. O pastor, porém, só tem aceitado participar de programas de rádio de amigos, que não o questionam sobre homofobia. Mesmo porque, são tão homofóbicos quanto ele.

CASA DE APOSTAS

Embora Adriana Araújo seja nome certo para substituir Ana Paula Padrão no "Jornal da Record", a emissora tem feito sondagens com outros âncoras da Globo, numa tentativa de tirá-los da concorrente. Essa obsessão da Record em parecer com a Globo daria uma enorme tese de doutorado em psicanálise.

SOOOOOBE!

"Caos", no History Channel

O reality "furniture" brasileiro é bacana, embora a edição seja muito mais lenta que outras produções do History. Talvez (opinião pessoal do colunista) pudesse ter mais cortes e ser mais ágil, já que há muito espaço para divagações de eventuais convidados. Mas é um programa divertido e de alta qualidade, cheio de informações também. Para quem não sabe, Caos é um antiquário-bar-balada de verdade na rua Augusta e os protagonistas do programa são seus donos, Tibira e Carrô --uma dupla tão improvável e diferente quanto óleo e água. Ele, um casca grossa. Ela, uma "avoada". Vale a pena a ver: todas as terças às 23h. E aqui vai outra crítica, agora para o History: o canal reprisa 5.967 vezes por dia quase todos os seus programas, mas "Caos" quase nunca está entre eles. Podia ser reprisado alguma vez durante o dia também, já que é exibido tão tarde quanto o "Programa Amaury Jr.". Estou brincando, ninguém na TV é exibido mais tarde que o Amaury;-)

DEEEEESCE!

A sequência "Duro de Matar, no cinema

O longa atualmente em cartaz prova que a franquia já deu o que tinha de dar. Sem roteiro, sem história, apenas baseada em uma câmera tremida, o filme é um verdadeiro porre. Mesmo parra quem gosta de filmes vazios de ação. Ainda assim, Bruce Willis já anunciou que haverá pelo menos mais um filme da saga. OREMOS...

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