Rafinha Bastos: a queda
"Rafinha Bastos pediu demissão da Band". A notícia (esperada) caiu como uma bomba (de chocolate) nos interessados em TV, nos que respeitam as mulheres, nos que são contra piada de mau gosto com órfãos e o resto da humanidade que ainda tem bom senso nesse mundo.
Tuiteiros pedem que Rafa Bastos continue no "CQC"
Como existe internet, a provável saída do moço pôde ser acompanhada, como novela, pelo twitter (quem precisa de televisão) como se assistíssemos a um episódio sobre um humorista desesperado que mete os pés pelas mãos.
Primeiro, ele avisou que uma matéria sua iria ao ar pelo "CQC". Minutos depois, disse que não iria mais, por decisão da Band. Ao mesmo tempo, soubemos que o humorista havia respondido a um email de uma repórter da Folha com os seguintes termos: "chupa o meu cacete grosso e vascularizado." Como assim. Ele endoidou. A novela no Twitter pegou fogo. Segundo o colunista do UOL, Flavio Ricco, o pedido havia sido feito há uma semana.
Mas, acompanhando a novelinha pela internet, dava para perceber que o tal Rafael não queria mesmo manter seu emprego. E que ele havia (no pior dos sentidos) chutado o pau da barraca. Isso com toda a arrogância e o mau gosto que sempre demonstrou cada vez que fez uma piada absurda, ofensiva, sem graça.
Após ser afastado da bancada do "CQC" semana passada, ele não pediu desculpas. Em nenhum momento mostrou estar arrependido. Postou fotos no Twitter cercado de mulheres bonitas dizendo que "estava numa boa" e usou uma expressão americana que tem a sua cara: "shame on you". Algo como "vergonha de você". Ele se dirigia a todos os seus críticos (a essa altura milhares, e não mais um grupo pequeno de chatos que são contra a liberdade de expressão, como ele --e seus defensores-- sempre se referiram a quem o criticava) como legenda de uma foto onde fazia caridade e se dizia um cara legal.
Exagerar na piada: acontece. Falar bobagem: acontece. Mas em nenhum momento admitir que errou, pisou na bola e foi punido não é coisa corriqueira, não. É atitude de arrogante sem limite. "Shame on you", Rafinha Bastos.
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