Celebridades

Audrey Tautou diz não ligar para "fantasma" de Amélie Poulain

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Primeiro, ela foi comparada a Audrey Hepburn --um pouco pelo prenome e muito pelo tipo físico. Mas não demorou para que a imagem de Hepburn se desvanecesse e ela virasse, simplesmente, a Amélie Poulain.

Protagonista de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", o mais popular filme francês dos anos 2000, Audrey Tautou sabe que, para o bem e para o mal, o nome Amélie é mais conhecido pelo mundo do que o seu nome.

"É normal. É um personagem forte, marcante, e as pessoas têm uma afeição particular pelo filme", disse a atriz à Folha, durante sua passagem por São Paulo, em junho. "Dentre todos os filmes que fiz, foi o mais visto. Foi único para mim também."

Crédito: Divulgação Audrey Tatou em "Uma Doce Mentira"
Atriz Audrey Tatou, mais lembrada como Amélie Poulain, em cena do filme "Uma Doce Mentira"

Tautou, ao vivo, é ainda mais miúda que na tela. Mas, no jeito de ser e de falar, é menos frágil e menos doce do que os seus personagens costumam ser.

"Em todo personagem há algo que se repete; afinal, tenho o mesmo olhar, o mesmo rosto. Mas nenhum deles tem especialmente a ver comigo", diz. "E a verdade é que não me interesso pela imagem que há de mim. Faço meu trabalho e, após o filme, a imagem pertence aos outros."

Em "Uma Doce Mentira", essa imagem, de novo, será a da moça partida ao meio. Para equilibrar-se entre a vida como ela é e a vida criada em sua imaginação, Émilie Dandrieux, sua personagem, anda com uma máscara. E, como no poema de Fernando Pessoa, quando quer tirá-la, percebe que já está pregada.

"Ela representa um personagem autoritário, mas é, no fundo, superfrágil. Ela pode ser mesquinha, dura e, ao mesmo tempo, é cheia de boas intenções", descreve.

Mas, como não se trata de Pessoa e sim de comédia romântica, sua máscara não é trágica. "Ri muito nesse papel. Ela é uma trapalhona. Mete os pés pelas mãos."

Na França, sua Émilie ficou aquém das expectativas. Lançado em dezembro de 2010, em plena tempestade de neve em Paris, o filme foi pouco visto. "Imagine o pior pesadelo de um diretor... Bom, foi pior. Não tivemos a chance de ver qual seria o desempenho do filme em condições normais." No Brasil, terão.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias