Taylor Swift vence processo por abuso sexual
A estrela da música pop Taylor Swift, 27, comemorou nesta segunda (14) a vitória em um processo por abuso sexual contra um ex-DJ de uma emissora de rádio, a quem ela acusa de tê-la apalpado antes de um show.
O juiz de uma corte federal de Denver deliberou por quatro horas antes de dar ganho de causa à cantora, que acionou David Mueller por ter apalpado suas nádegas enquanto eles tiravam uma foto, em 2013.
Swift recebeu o valor simbólico de um dólar pelos danos, marcando um dia emotivo para a cantora, que chorou durante os argumentos finais.
Taylor emitiu uma declaração agradecendo ao tribunal e a sua equipe legal por "lutar por mim e por qualquer pessoa que se sinta silenciada por um abuso sexual".
"Reconheço o privilégio que tenho na vida, na sociedade e por poder suportar o enorme custo de me defender em um julgamento como este", disse.
"A minha esperança é ajudar as pessoas cujas vozes também devem ser ouvidas. Portanto, futuramente vou fazer doações a várias organizações que ajudem as vítimas de abuso sexual a se defender".
A cantora se afastou momentaneamente do julgamento para enxugar as lágrimas, enquanto o advogado de Mueller, Gabriel MacFarland, questionava se o seu cliente teria motivos para apalpar a estrela.
A mãe da cantora, Andrea Swift, também foi vista com lágrimas nos olhos durante o julgamento, enquanto entregava lenços para sua filha.
"Não sei que tipo de pessoa agarra ou apalpa uma estrela da música, mas não é esse homem", disse MacFarland à corte, e repetidamente afirmou que a cantora estava equivocada ao afirmar que Mueller pôs a mão por baixo de sua saia e "agarrou a sua bunda".
'NÃO SIGNIFICA NÃO'
A equipe de Taylor reclamou sobre o incidente com a rádio onde o DJ trabalhava e ele foi demitido.
Mueller entrou com uma ação pedindo três milhões de dólares para a cantora por perda de renda, argumentando que as suas acusações provocaram a sua demissão. Enquanto isso, a popstar o processou por assédio sexual.
O juiz do distrito, William Martínez, desconsiderou o caso na sexta (11), alegando que não havia provas de que Mueller tivesse direito a uma indenização por danos e prejuízos por parte de Taylor.
O júri, composto por seis mulheres e dois homens, decidiu que a mãe de Taylor Swift e o coordenador da rádio Frank Bell não eram responsáveis pelos danos ao pressionar a emissora para que o demitissem.
Doug Baldridge, advogado de Taylor, disse ao júri em seus argumentos finais que a única questão a ser determinada era se alguém como Mueller deveria poder humilhar ou assediar uma mulher.
"Agressores como o senhor Mueller têm direito de processar a sua vítima?", perguntou Baldridge ao júri.
A cifra simbólica como forma de reparar os danos tem "um valor incalculável", afirmou Baldridge, acrescentando: "isso mostra que 'não significa não'. Diz a todos que cada mulher decide o que fazer com o seu corpo".
Do lado de fora da corte, Baldridge disse aos repórteres que "fez a coisa certa": "Algo realmente importante aconteceu aqui hoje. Levou alguém tão importante quanto Taylor Swift a se levantar e dizer não", declarou.
"Isso realmente significa algo para uma em cada quatro mulheres que são vítimas de abuso sexual".
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