João Vitti apareceu em "Sol Nascente" (Globo) nesta terça (24) como um padre descolado que vai celebrar o casamento de Mario (Bruno Gagliasso) e Alice (Giovanna Antonelli).

Foi seu retorno à Globo após dois anos, desde que participou da série "Não Se Apega, Não", exibida no "Fantástico". 

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Pai dos também atores Francisco Vitti, que atuou recentemente em "Malhação", e de Rafael Vitti, no ar em "Rock Story", ele estava trabalhando na Record, de onde saiu "saturado" das tramas bíblicas da emissora.

"É muito bom estar aqui dentro dessa estrutura que é de primeira qualidade, em termos de produção de dramaturgia. Fico muito feliz, honrado", diz.

"Lá [na Record] me saturou um pouco essa coisa de estar sempre fazendo personagem bíblico, secom o perfil muito parecido. Fora a estrutura de trabalho que a gente tinha que não vou dizer que era das melhores", conta.

Padre Julião é um personagem que não atende ao estereótipo dos missionários. Desinibido e com o pensamento moderno, ele gosta de rock 'n' roll.

"O mundo precisa de uma visão mais moderna sobre os valores, sobre a moral", opina João. "Acho que o papa Francisco já vem trazendo um discurso muito mais aberto, mais humano, defendendo o respeito à diversidade, a liberdade de as pessoas manifestarem sua essência."

Além de ideias progressistas, o padre é motoqueiro. Para as cenas com a moto, o ator usou dublê. "Quando eu era jovem, inventei de pegar uma moto. Não tinha nem carteira ainda e me arrebentei igual 'videocassetada'", relembra.

Budista há 22 anos, João conta que teve formação católica e que chegou a pensar em se tornar padre, mas depois percebeu que os dogmas da religião não lhe serviam.

"Essa coisa que Deus vai castigar, que Deus vai abençoar, sempre foi uma coisa desconfortável para mim. Dentro desse contexto, eu me via como um coadjuvante da minha própria história. No budismo, encontrei a liberdade de ser o autor e o protagonista da minha história", explica.