Kesha vai às lágrimas após perder processo contra suposto estuprador
Os esforços de Kesha para se ver livre de seu produtor e empresário Dr Luke foram infrutíferos. Nesta sexta-feira (19), seu pedido de liminar para se ver provisoriamente livre do contrato com a Kemosabe Records, selo fonográfico do magnata da música, até o fim do processo foi analisado e negado pela corte de Nova York.
A novela teve início ainda em 2014, em Los Angeles. Kesha acusa Luke de drogá-la, estuprá-la e instigar seus distúrbios alimentares durante o tempo em que trabalharam juntos, o que tornaria traumático e impossível continuar trabalhando com ele.
Luke afirma que as acusações são fabricações da cantora e de sua mãe, a compositora Pebe Sebert, para quebrar o contrato sem pagar a multa. Ele argumenta que uma mulher estuprada moveria um processo penal contra seu abusador, ao invés de só pedir a liberação contratual.
Em setembro de 2015, o caso foi suspenso por um juiz de Los Angeles, que orientou o reinício do processo em Nova York. Na papelada, a cantora enfatizou que sua carreira está em jogo, já que não pode produzir novas músicas sem Luke. Seu disco mais recente, “Warrior”, é de 2012.
"Kesha não pode trabalhar com outros produtores ou outras gravadoras para lançar músicas novas. Sem música nova para cantar, ela não pode fazer turnê. Fora das rádios, dos palcos e dos holofotes, não pode fazer publicidade, receber patrocínios ou obter atenção da mídia”, declarou seu advogado, Mark Geragos.
Em novembro do ano passado, fãs brasileiros da cantora fizeram um protesto na avenida Paulista pedindo sua liberdade. Nas redes sociais. criou-se o movimento #FreeKesha, que chegou ao topo dos assuntos mais comentados em todo o mundo no Twitter nesta sexta.
DESENROLAR
A defesa de Luke argumentou que o produtor investiu US$ 60 milhões na carreira de Kesha, e que já concordou em deixá-la gravar novas canções sem ele, informou a revista americana "The Hollywood Reporter".
Mesmo sem participação na produção de futuros trabalhos, ele ainda lucraria por sua participação como empresário e dono do selo fonográfico.
O veredito da juíza da Suprema Corte do Estado de Nova York, Shirley Korneich, foi a favor do magnata. Ela explicou sua decisão ao advogado da cantora.
“Você está pedindo que a corte invalide um contrato que foi amplamente negociado e é típico da indústria. Meu instinto é fazer o comercialmente razoável”, disse, levando Kesha às lágrimas.
Com o pedido negado, Kesha precisa esperar o fim do (longo) processo para voltar a trabalhar.
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