Diretor de documentário sobre Amy Winehouse defende versão, apesar de críticas do pai
No aniversário da morte de Amy Winehouse —que morreu no dia 23 de julho de 2011, aos 27 anos—, os fãs brasileiros ainda não sabem quando verão o documentário sobre a popstar, exibido no Festival de Cannes.
O documentário "Amy" ganhou lançamento de impacto no Reino Unido, com distribuição em mais de 130 salas —recorde para um filme do gênero no país.
Dirigido por Asif Kapadia (o mesmo de "Senna"), o longa mostra a jornada da cantora, desde a adolescente sonhadora até a relutante estrela do pop, utilizando as músicas e letras como suporte, além de diversos vídeos inéditos de arquivo pessoal. "Quando eu vi aquele material eu pensei que teríamos um bom filme. Foi muito importante", disse o diretor de 43 anos, em Londres.
Porém, "Amy" virou alvo de polêmica após as declarações de Mitch Winehouse, pai da popstar, que acusou o diretor de transformá-lo em uma espécie de vilão do filme. "Eu disse a eles que o filme é uma desgraça", declarou em entrevista recente. Mitch chegou a contratar advogados e impôs mudanças na edição, apesar disso, não ficou satisfeito com o resultado final.
Entre outras coisas, "Amy" revela detalhes da separação dos pais e do caso extraconjugal de sete anos de Mitch, que teria deixado a filha arrasada —o filme sugere que a cantora passou a vida em busca da afirmação do pai.
"Muitas pessoas que entrevistamos falaram a mesma coisa sobre Amy e nós vimos muito material", defendeu Kapadia, que entrevistou mais de cem pessoas ligadas à cantora. "O filme é uma descrição realista do tudo que acontecia ao redor dela. Muita coisa que ouvimos não entrou no filme, principalmente porque eu queria achar um equilíbrio", acrescentou.
Sobre os vídeos de arquivo pessoal, Kapadia revela que "foi um processo longo. Para conseguir entrevistar os amigos da Amy foram dez meses. Para falar com um produtor, mais de um ano. Você tem que ter paciência para fazer um filme como esse", explicou.
Sem partir para um confronto aberto com o pai da cantora, Kapadia disse apenas que "ela escreveu todos os seus problemas nas letras. Aquele foi o mapa do filme", ponderou.
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