Jim Carrey diz que ordem californiana de vacinar crianças é fascista
O comediante Jim Carrey qualificou nesta quarta-feira (1º) o governador de Califórnia de "um fascista corporativo" por ter aprovado uma lei que obriga todas as crianças a ser vacinadas.
Em uma sequência de tuítes, Carrey disse que não é contra a vacina em si, mas alegou que as vacinas que são defendidas pelo Estado contêm "neurotóxicos", entre eles, o mercúrio.
A quantidade de toxinas presentes em vacinas não faz mal ao organismo. Além disso, o tipo de mercúrio presente em vacinas não apresenta danos à saúde, já que não gera bioacumulação como o metil mercúrio, que, esse sim, normalmente é considerado perigoso.
"Tudo o que pedimos é que tirem os neurotóxicos das vacinas. Deixem-nas livres de toxinas. A história demonstrará que é uma solicitação razoável", escreveu Carrey.
O governador Jerry Brown assinou nesta terça-feira uma lei que requer que todos os menores sejam imunizados antes de começar o jardim da infância —a menos que um médico prescreva o contrário—, em resposta a um surto de sarampo que pôs em xeque as autoridades sanitárias no final de 2014.
Carrey começou sua série de tuítes na terça-feira, quando escreveu: "o governador da Califórnia aprova envenenar mais crianças com mercúrio e alumínio em vacinas obrigatórias. Este fascista corporativo deve ser detido".
"Dizem que o mercúrio no peixe é perigoso, mas que nos forçar a injetar o mercúrio do timerosal em nossas crianças não é", acrescentou. "Faz sentido?". Ele se referia a um composto organomercúrico, usado como conservante na vacina conhecida como timerosal ou tiomersal.
O gabinete do governador da Califórnia não respondeu de imediato às solicitações de comentários.
A medida de Brown teve o apoio de republicanos e democratas depois que o surto de sarampo, em dezembro, na Disneylândia afetou 130 pessoas. No total, foram registrados 159 casos de sarampo entre janeiro e abril em 18 estados e a capital americana.
Esta doença viral diminuía há anos graças aos programas de vacinação do país, mas voltou depois de que alguns país deixaram de vacinar seus filhos, devido a crenças —infundadas, segundo os cientistas— de que podem causar autismo.
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