Motorista de Cristiano Araújo 'acredita' que estava em alta velocidade, diz polícia
Em depoimento à polícia neste domingo (29), o motorista Ronaldo Miranda disse "acreditar" que estava dirigindo em velocidade acima da permitida no momento do acidente na rodovia BR-153 que matou o sertanejo Cristiano Araújo, segundo o delegado Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pelo caso.
O cantor voltava de um show em Itumbiara (a 200 km de Goiânia) com sua namorada, Allana de Moraes, na última quarta-feira (24), quando o veículo em que eles estavam, uma Range Rover, saiu da pista na altura do km 614, entre as cidades de Goiatuba e Morrinhos, em Goiás, e capotou no canteiro central por volta das 3h15. A velocidade máxima liberada na via é de 110 km/h.
De acordo com Jacomelis, o condutor disse não ter certeza sobre a velocidade em que trafegava antes de perder o controle do carro. Ele afirmou ainda que, por causa da potência do automóvel, pode não ter percebido que estava correndo.
Miranda contou ainda, conforme o delegado, que ouviu um barulho de pneu murcho antes de veículo sair da pista e confirmou que as rodas da Range Rover de Cristiano não eram originais, o quejá havia sido apontado em perícia.
Jacomelis informou que a polícia aguarda o resultado de um levantamento técnico solicitado à fabricante da Range Rover no equipamento que funciona como uma espécie de "caixa preta" do veículo. A expectativa é que a análise revele se o motorista trafegava mesmo em alta velocidade no momento do acidente.
O empresário do sertanejo, Vitor Leonardo, quarto ocupante do carro, também ainda prestará depoimento.
Durante o capotamento, a namorada de Cristiano foi atirada para fora do veículo, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local do acidente.
O músico chegou a ser socorrido e levado em estado grave para o Hospital Municipal de Morrinhos, onde recebeu os primeiros atendimentos.
Cristiano foi transferido de helicóptero para Goiânia, mas chegou ao Hospital de Urgência com morte encefálica.
Na quarta, a Polícia Rodoviária Federal informou que todos os indícios encontrados no local do acidente apontavam que os dois estavam sem cinto de segurança no banco traseiro.
Os corpos foram velados por cerca de 15 horas entre a noite de quarta e a manhã de quinta, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, e enterrados em túmulos próximos no Cemitério Jardim das Palmeiras.
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