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Michael Douglas escreve artigo sobre ataque antissemita sofrido por filho

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Após se reconectar com sua fé judaica, Michael Douglas, 70, percebeu de forma dolorosa que ainda existe o antissemitismo. Com intenção de combatê-lo, o ator escreveu um artigo para o jornal americano "Los Angeles Times", neste sábado (14).

Douglas afirmou que se inspirou nos recentes ataques antissemitas na Europa, e também no sofrido por seu filho, insultado por um homem porque estava usando uma estrela de David.

"Antissemitismo, que eu vi, é como uma doença que está dormente, mas que reacende com o primeiro gatilho político", escreveu.

O astro é filho do também famoso ator Kirk Douglas (nascido Issur Danielovitch), que é judeu —ele retomou sua fé recentemente após seu filho com Catherine Zeta-Jones, Dylan, 14, desenvolver uma profunda ligação com o judaísmo ao frequentar uma escola hebraica e estudar para seu bar mitzvah.

Douglas —ganhador do prêmio Gênesis, que homenageia "pessoas excepcionais, cujos valores e realizações irão inspirar a próxima geração de judeus"— apontou que, embora alguns judeus não o considerem um igual, já que sua sua mãe, Diane, é cristã, isto não o impediu de receber manifestações de ódio.


No texto, o ganhador do Oscar cita três razões para o aumento recente da discriminação: as atuais lutas econômicas no mundo todo, sentimentos "irracionais e fora do lugar" de ódio dirigidos a Israel e o aumento do número de extremistas, recorrente do crescimento da população muçulmana da Europa.

Em relação ao último ponto, Douglas sugeriu que a Internet tem dado mais alcance ao ódio dos radicais.

"Estamos vendo os efeitos amplificados dessa pequena quantidade de radicais. Com a Internet, seu vírus do ódio pode avançar de nação para nação".

Independentemente de todos esses fatores, o ator disse sentir que agora, mais do que nunca, é vital para as pessoas falar contra o antissemitismo.

"Então esse é o nosso desafio em 2015, e todos nós devemos abraçá-lo. Porque se enfrentarmos o antissemitismo toda vez que nos depararmos com ele, e se nós combatermos individualmente e como sociedade, e usarmos qualquer plataforma que temos para denunciá-lo, podemos parar a propagação desta loucura."

Embora a história recente tenha obrigado Douglas a ensinar seu filho sobre o antissemitismo, ele tem esperança de que, com o esforço de muitos, Dylan não terá que fazer o mesmo.

"Meu filho é forte. Ele tem a sorte de viver em um país onde o antissemitismo é raro, Mas agora ele também aprendeu os perigos que os judeus têm que enfrentar. É uma lição que eu gostaria de não ter ensinado a ele, uma lição que espero que ele nunca tenha que ensinar aos seus filhos."

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